MEDICAMENTOS Genéricos podem ter variação de até 127% na Capital

A reportagem pesquisou oito tipos de medicamentos em cinco redes de farmácias da cidade

Na hora de comprar medicamentos, muita gente opta pelos genéricos para que as despesas não pesem tanto no bolso. Tais produtos podem ser ainda mais econômicos se o consumidor estiver disposto a pesquisar.
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Para se ter uma ideia, a reportagem entrou em contato com cinco lojas de grandes redes atuantes em Fortaleza e constatou que o preço de alguns itens, vendidos em embalagens com a mesma quantidade, podem ter variação de até 127%.

No total, foram pesquisados oito medicamentos genéricos nas seguintes farmácias da capital cearense: Aldesul, Pague Menos, Tele Juca, Extrafarma e Dose Certa. A variação máxima de preços ocorreu na embalagem de dez comprimidos da substância Dipirona Sódica (analgésico e antitérmico correspondente ao remédio Novalgina), que, enquanto nas farmácias Aldesul e Dose Certa custa R$ 3,37, na Tele Juca é encontrada por R$ 7,65 (127% a mais).

O genérico com a menor variação máxima de preços foi o antialérgico Loratadina, que em sua embalagem com 12 comprimidos é encontrado por R$ 18,29 na Pague Menos, enquanto que na Dose Certa o valor é de R$ 19,87 (8,6% mais caro).

Economia de até R$ 14,54

Em valores absolutos, fica ainda mais nítido o quanto o consumidor pode economizar, se resolver pesquisar um pouco antes de comprar o medicamento.

No caso do Citalopram 20mg, em sua embalagem de 28 comprimidos, a economia pode chegar a R$ 14,54, tendo em vista que na Aldesul o produto custa R$ 62,13, enquanto que na Extrafarma o valor é de R$ 47,59.

O consumidor também pode economizar até R$ 2,63 na procuradíssima substância Paracetamol (analgésico correspondente ao remédio Tylenol).

Enquanto que na Aldesul a embalagem de 10 unidades do genérico custa R$ 6,10, na Pague Menos e Extrafarma o preço é de R$ 3,47.

Concorrência causa variação

De acordo com o diretor tesoureiro do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Ceará (Sincofarma-CE), Maurício Filizola, a concorrência entre os diversos laboratórios que fabricam os genéricos é o principal motivo para a variação de preços apurada pela pesquisa da reportagem.

"Existem substâncias que são produzidas por 40 laboratórios diferentes. Dessa forma, além de concorrerem com os medicamentos tradicionais, os genéricos acabam concorrendo entre si", diz o empresário.

Fatia nas vendas

Filizola ainda afirma que a venda de genéricos no Ceará acompanhou a média nacional em 2011, ficando entre 20% e 25% do número total de medicamentos vendidos no Estado. Por lei, os genéricos precisam ser, no mínimo, 35% mais baratos do que os remédios convencionais.

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