Mais de 200 patrimônios culturais estão sob risco
Mais de 200 dos patrimônios culturais mais significativos do mundo poderão ser danificados seriamente ou perdidos - o que representaria aos países em desenvolvimento mais de 100 bilhões de dólares em perdas de receita, revelou um novo relatório.
O Palácio de Sans Souci, do Haiti, conhecido como o "Versalhes do Caribe", e Mirador, uma cidade pré-colombiana na Guatemala, estão entre os 20 patrimônios listados no relatório como na iminência de perda e destruição irreparáveis em razão de má administração, vandalismo, negligência, conflitos e turismo não sustentável."Esses são lugares culturais maravilhosos, de valor inestimável. Se não fizermos alguma coisa, poderemos perdê-los para sempre. Seria uma perda trágica", disse Jeff Morgan, diretor executivo do Global Heritage Fund, um grupo sem fins lucrativos sediado na California, que publicou o relatório "Salvando nosso patrimônio que está desaparecendo".
Ele acredita que a destruição de sítios culturais não recebe atenção suficiente de organizações como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). "A Unesco fala apenas sobre alguns desses lugares", explicou ele, acrescentando que somente 76 dos sítios do relatório são designados Patrimônio Mundial pela Unesco.
"A Itália tem 45 sítios. O Peru, um país com uma longa história e muitos sítios importantes, tem apenas nove. A Guatemala tem somente três", afirmou Morgan. "Os governos têm de ter uma capacidade muito boa para serem capazes de cuidar desses lugares, e muitos não têm os recursos."
O relatório -- que classifica os 200 sítios sob risco, sob ameaça e na iminência de, que é a situação mais grave - afirmou que os países em desenvolvimento perdem bilhões de dólares em receita com turismo e empregos ao negligenciar os locais de patrimônio cultural.
"Isso não significa apenas turismo, isso diversificaria a economia inteira e levaria mais investimento estrangeiro. Muitos patrimônios globais são pequenos, de um quilômetro quadrado, então de fato podemos ter sucesso dentro de alguns anos", afirmou Morgan.
Outros sítios em perigo estão em Bangladesh, no Camboja, na China, na Índia, no Quênia, no Paquistão e nas Filipinas.
Fonte: Reuters
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