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O eixo da programação do Festival Brazil, em Londres, se manteve numa linha já conhecida: o apelo tropical, o Brasil litorâneo, colorido, praieiro
Aleksander Aguilar
Primeira reflexão necessária para se falar sobre cultura brasileira no exterior: qual Brasil vamos abordar? Tarefa monumental, tão grande quanto o risco de se deixar de lado, proposital ou descuidadamente, alguns aspectos determinantes da própria diversidade; essa que conforma, paradoxalmente, uma das características mais celebradas, já quase também estereotipadas, do universo chamado Brasil.
Com esse desafio presente, o prestigioso Southbank Centre, de Londres, promove um dos maiores e mais importantes festivais sobre cultura brasileira já realizados no Reino Unido. O Festival Brazil começou na metade de junho e só termina no começo de setembro. E tem a ambição de ser o evento organizado por instituições britânicas capaz de captar e refletir o que o Brasil está pensando e fazendo hoje.
E pese o esforço por representar a pluralidade e fazer valer o rótulo de multicultural que tanta atenção internacional atrai para o Brasil, o eixo da programação se manteve numa linha já conhecida, portanto, segura: é o apelo tropical, o Brasil litorâneo, colorido, praieiro. São mais de 70 eventos em forma de concertos, debates, exposições, palestras, filmes e performances, num dos mais renomados centros culturais da Europa, com a presença de ícones como Gilberto Gil e Maria Bethânia.
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