59% dos brasileiros não evitam uso de sacolas plásticas, diz pesquisa
Pesquisa divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente nesta quinta-feira
(16) aponta que 30% dos brasileiros dizem que sempre evitam usar sacolas
plásticas para transportar compras e 59% dizem nunca ter feito isso.
Cerca de 11%, segundo o ministério, praticam isso "pouco". A pesquisa
foi encomendada pela pasta para conhecer os hábitos de consumo
sustentável no país e ouviu 2.201 pessoas em suas casas em todas as
regiões do Brasil, entre 15 e 30 de abril deste ano.
Os entrevistados também foram questionados se levam a própria sacola ou carrinho na hora de fazer compras: 31% disseram que esse é um hábito frequente, 11% o praticam pouco e 58% disseram que nunca fizeram isso.
Segundo dados do ministério, 19 municípios no Brasil aboliram o uso de sacolas plásticas como medidas de consenso entre governos e supermercados. Já outras cidades ou estados criaram leis para proibir as sacolas plásticas e algumas enfrentam disputas judiciais, como o estado de São Paulo.
Dentre os entrevistados, 35% disseram que há alguma campanha para redução do uso de sacolas plásticas em suas cidades e, onde há campanha, 76% disseram ter aderido. Já onde não há campanha, 85% afirmam que estariam dispostos a aderir, se houvesse.
Ainda dentro do supermercado, 85% dizem que ficariam mais motivados a comprar um produto que tenha sido fabricado de maneira "ambientalmente correta" e 81% também se motivam mais a comprar um produto cultivado organicamente.
Para a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do ministério, Samyra Crespo, as sacolas são um "flagelo ambiental". "Ela mata animais porque os animais aquáticos confundem a sacola com comida, ela serve de amarra para vários tipos de lixo flutuante, formando aquelas ilhas de lixo em corpos d'água, elas voam e vão parar em postes e cercas, danificando a paisagem, elas estão associadas a enchentes nas cidades e elas evitam que o lixo que a gente joga fora se degrade", argumenta a secretária.
Segundo ela, uma sacola plástica pode levar até 400 anos para se decompor. "Provavelmente, a primeira sacola plástica que um brasileiro usou, e isso foi nos anos 70, ela ainda está na natureza", disse.
Lixo doméstico
A pesquisa também mostrou que 48% afirmam separar o lixo doméstico. Para Samyra, o número poderia ser maior se mais governos implantassem a coleta seletiva. "Muitas vezes a disposição da população em separar o lixo não encontra um rebatimento na política pública porque hoje temos menos de um terço dos municípios praticando a coleta seletiva. Muitas vezes o cidadão acha que ele separa em casa e o misturador da prefeitura vai lá e mistura o lixo de qualquer jeito, não incentivando a população a separar."
A pesquisa listou ainda hábitos desfavoráveis ao meio ambiente no descarte do lixo. O campeão foi jogar pilhas e baterias no lixo (41% dizem praticar sempre), seguido de vidros ou cacos de vidro (36% afirmam fazer isso com frequência).
Por outro lado, os brasileiros também estão adotando hábitos para reduzir o consumo em favor do meio ambiente. Entre os entrevistados, o conserto de algum produto quebrado para prolongar sua vida útil foi a "boa ação" mais citada. Em segundo lugar ficou o fato de evitar o lixo comum produtos tóxicos.
Problemas ambientais
O estudo apontou ainda que, em 20 anos, o percentual de pessoas que não sabe identificar os problemas ambientais caiu de 47% para 10%. A primeira edição da pesquisa "O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável" foi feita em 1992, à época da conferência ambiental Rio 92. "Triplicou a quantidade de brasileiros que sabem responder sobre problemas ambientais", disse a secretária.
Os entrevistados também foram questionados sobre quais biomas estão ameaçados e se estariam dispostos a contribuir com dinheiro para protegê-lo. Mais da metade - 51% - apontaram a Amazônia. Em 92, essa região era a escolhida de 38%.
Somente 13% se sentem bem informados ou muito bem informados sobre meio ambiente e ecologia. Na outra ponta desta questão, 29% dizem estar mal informados ou muito mal informados. A maior parte dos entrevistados - 57% - disse estar "mais ou menos informado".
A pesquisa foi feita por amostragem pelo instituto CP2 em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) com 2.201 entrevistas com pessoas maiores de 16 anos. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os entrevistados também foram questionados se levam a própria sacola ou carrinho na hora de fazer compras: 31% disseram que esse é um hábito frequente, 11% o praticam pouco e 58% disseram que nunca fizeram isso.
Segundo dados do ministério, 19 municípios no Brasil aboliram o uso de sacolas plásticas como medidas de consenso entre governos e supermercados. Já outras cidades ou estados criaram leis para proibir as sacolas plásticas e algumas enfrentam disputas judiciais, como o estado de São Paulo.
Dentre os entrevistados, 35% disseram que há alguma campanha para redução do uso de sacolas plásticas em suas cidades e, onde há campanha, 76% disseram ter aderido. Já onde não há campanha, 85% afirmam que estariam dispostos a aderir, se houvesse.
Ainda dentro do supermercado, 85% dizem que ficariam mais motivados a comprar um produto que tenha sido fabricado de maneira "ambientalmente correta" e 81% também se motivam mais a comprar um produto cultivado organicamente.
Para a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do ministério, Samyra Crespo, as sacolas são um "flagelo ambiental". "Ela mata animais porque os animais aquáticos confundem a sacola com comida, ela serve de amarra para vários tipos de lixo flutuante, formando aquelas ilhas de lixo em corpos d'água, elas voam e vão parar em postes e cercas, danificando a paisagem, elas estão associadas a enchentes nas cidades e elas evitam que o lixo que a gente joga fora se degrade", argumenta a secretária.
Segundo ela, uma sacola plástica pode levar até 400 anos para se decompor. "Provavelmente, a primeira sacola plástica que um brasileiro usou, e isso foi nos anos 70, ela ainda está na natureza", disse.
Lixo doméstico
A pesquisa também mostrou que 48% afirmam separar o lixo doméstico. Para Samyra, o número poderia ser maior se mais governos implantassem a coleta seletiva. "Muitas vezes a disposição da população em separar o lixo não encontra um rebatimento na política pública porque hoje temos menos de um terço dos municípios praticando a coleta seletiva. Muitas vezes o cidadão acha que ele separa em casa e o misturador da prefeitura vai lá e mistura o lixo de qualquer jeito, não incentivando a população a separar."
A pesquisa listou ainda hábitos desfavoráveis ao meio ambiente no descarte do lixo. O campeão foi jogar pilhas e baterias no lixo (41% dizem praticar sempre), seguido de vidros ou cacos de vidro (36% afirmam fazer isso com frequência).
Por outro lado, os brasileiros também estão adotando hábitos para reduzir o consumo em favor do meio ambiente. Entre os entrevistados, o conserto de algum produto quebrado para prolongar sua vida útil foi a "boa ação" mais citada. Em segundo lugar ficou o fato de evitar o lixo comum produtos tóxicos.
Problemas ambientais
O estudo apontou ainda que, em 20 anos, o percentual de pessoas que não sabe identificar os problemas ambientais caiu de 47% para 10%. A primeira edição da pesquisa "O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável" foi feita em 1992, à época da conferência ambiental Rio 92. "Triplicou a quantidade de brasileiros que sabem responder sobre problemas ambientais", disse a secretária.
Os entrevistados também foram questionados sobre quais biomas estão ameaçados e se estariam dispostos a contribuir com dinheiro para protegê-lo. Mais da metade - 51% - apontaram a Amazônia. Em 92, essa região era a escolhida de 38%.
Somente 13% se sentem bem informados ou muito bem informados sobre meio ambiente e ecologia. Na outra ponta desta questão, 29% dizem estar mal informados ou muito mal informados. A maior parte dos entrevistados - 57% - disse estar "mais ou menos informado".
A pesquisa foi feita por amostragem pelo instituto CP2 em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) com 2.201 entrevistas com pessoas maiores de 16 anos. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
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