Cariri-CE: Ciência produz riqueza e turismo



Além da produção de conhecimento, a Paleontologia gera riqueza e leva turistas para a região do Cariri. Chapada do Araripe fascina pesquisadores do Brasil e do Exterior e desperta curiosidade há quase dois séculos

Além de estudar a vida do passado da Terra e o seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, a Paleontologia também pode gerar pesquisa, cultura, riqueza e fluxo turístico.

A opinião é do professor Alexandre Sales, doutor em Paleontologia e professor da Universidade Regional do Cariri (Urca), que defende a preservação da bacia fossilífera do Araripe e que as pesquisas e os fósseis fiquem na região.

Para Alexandre Sales, é crescente o número de pessoas com interesse em estudar os fósseis no Cariri. Mas, para que isso seja feito, aponta a necessidade de política para garantir estrutura, apoio e incentivo para que os pesquisadores formados no Cariri possam fazer suas pesquisas.

A Urca mantém em Santana do Cariri o Museu de Paleontologia, que tem tido papel fundamental no estudo da Bacia do Araripe e na divulgação das pesquisas e riquezas. “É preciso formar pesquisadores caririenses para que o material fóssil do Cariri fique aqui na região”, defende Alexandre.

“Quando o material fóssil fica aqui, os recursos para pesquisadores aparecem, há geração de interesse nas pesquisas, incentivo à visitação de museus, turismo, riqueza, cultura e divulgação dessa ciência, a Paleontologia”, defende o professor.

Berço da Paleontologia

Segundo Alexandre há quase 200 anos as riquezas fossilíferas do Cariri são conhecidas. “Somos um berço da paleontologia nacional. Em 1831 foi divulgado cientificamente, na Europa, o primeiro relato dos fósseis que temos aqui”, explica.

Para ele todo pesquisador nacional e estrangeiro tem verdadeiro fascínio e vontade de visitar a Chapada do Araripe para conhecer esses fósseis e trabalhar com eles. “Isso gera pesquisa e conhecimento, pois a cada dia novas técnicas são empregadas nos estudos”.

Ele ressalta ainda que ali há matéria-prima para que se conheça a história do planeta. “A região do Araripe conta parte da deriva dos continentes e da evolução biológica da Terra”.

Turismo sustentável

Até há pouco tempo, turistas que visitavam o Cariri levavam fósseis como lembranças. Hoje, todavia, os artesãos produzem peças similares, que podem ser adquiridas. Dessa forma, se produz renda, sem prejuízo à bacia fossilífera e às pesquisas.

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ENTENDA A NOTÍCIA

A região do Cariri guarda alguns dos mais valiosos tesouros arqueológicos do Brasil. Registros dos fósseis ali encontrados foram objeto de registro científico na Europa ainda na primeira metade do século XIX.

O Povo

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