Perdas de energia da Coelce abasteceriam 125 mil pessoas
Inevitáveis durante o abastecimento, perdas técnicas foram de 10,4% no Ceará. Irregularidades representam 1,6%
As perdas totais de energia registradas pela Coelce (Companhia Energética do Ceará) no ano passado seriam suficientes para abastecer, durante um mês, um município com 125 mil habitantes, população semelhante à do Crato, por exemplo. Os especialistas da Coelce Carlos Falconiere, responsável pela área de disciplina de mercado, e José Caminha Araripe, gerente de regulação e mercado, explicam que essas perdas, da ordem de 33 gigawatts, representam a diferença entre a energia que a empresa comprou e vendeu. Segundo eles, no Estado, o prejuízo sofrido foi de 12,12%.
Conforme Caminha, o valor é um dos menores entre as distribuidoras do Brasil. "Só em empresas com área de atuação muito pequena, há perdas menores", afirma. De acordo com ele, a maior parte dos valores perdidos se dá por conta de aspectos técnicos (10,4%), enquanto o restante ocorre em virtude de irregularidades no uso da energia (1,64%). A Coelce possui 102 subestações, mais de 112 mil quilômetros de rede e cerca de 100 mil transformadores de distribuição de rua, dimensão e quantidade de equipamentos que, segundo Carlos Falconieri, tendem a tornar mais fluente os prejuízos.
Dimensões influenciam
"Quanto maior o comprimento de rede, maiores as chances de perda (técnica)", esclarece.
Já no caso das irregularidades, Caminha e Falconiere afirmam que o nível dos danos tem diminuído nos últimos anos, por meio, principalmente, da atualização de sistemas inteligentes para detectar fraudes e do trabalho de equipes em campo no intuito de fiscalizar possíveis problemas. De 2005 até o ano passado, conforme a Coelce, houve redução de 1,7 ponto percentual nesse tipo de perda. Segundo eles, tais estatísticas são importantes para que a companhia direcione os investimentos para atenuar os prejuízos.
Furto de energia
De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o furto de energia é crime e pode redundar em até quatro anos de prisão, além de multas. A agência ainda orienta que a tentativa de realizar uma fraude nos equipamentos da rede pode provocar incêndios nos domicílios e até a morte por choque elétrico.
Cabos
Segundo a Coelce, mais de 20 mil pessoas em todo o Ceará tiveram seu fornecimento de energia prejudicado, devido ao furto de cabos da rede elétrica, no ano passado. Nesse período, a companhia contabilizou o furto de 50 mil kg de cabos, amargando um prejuízo de, aproximadamente, R$ 1,6 milhão, concentrado de modo mais intenso nos municípios de Fortaleza, Camocim, Acaraú, Trairi, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante, Caucaia, Aracati e Limoeiro do Norte. Em 2011, o volume de cabos furtados já chega a aproximadamente 15 mil kg, causando danos de R$ 530 mil para cerca de 6 mil clientes. Segundo a empresa, a retirada irregular desses cabos da rede elétrica pode ainda ocasionar curto-circuito, queima de aparelhos elétricos e representar risco de acidente. Só com a região leste do Estado, em 2010, foi registrado um prejuízo de cerca de R$ 80 mil, contabilizando 21 ocorrências na rede. Em 2011, os números já contam com expressivos indicadores: 4 ocorrências geraram um prejuízo de R$ 40.000, até o mês de abril.
MARCOEólica bate 1 gigawatt de potência instalada
A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) informou que o País chegou ontem à marca de 1 GW (gigawatt) de potência eólica instalada no País. Segundo a Abeeólica, "os geradores e os desenvolvedores de parques eólicos, a partir desta etapa, iniciarão a consolidação de uma fase de crescimento, que cada vez mais irá se acelerar". A expectativa do setor é que a geração eólica represente algo em torno de 5,2 GW na matriz brasileira até 2013.
O total está distribuído entre os 50 empreendimentos em operação. Essa meta foi atingida com a entrada em operação do parque eólico Elebrás Cidreira 1, pertencente à associada EDP Energias do Brasil, localizado no município de Tramandaí (RS). Lá estão 31 aerogeradores fabricados pela Wobben WindPower, com capacidade total de 70 MW (megawatts).
1% da energia
Com isto, de acordo com dados da Aneel atualizados ontem sobre a capacidade de geração de energia do País, as usinas eólicas já respondem por quase 1% da energia outorgada.
Para o vice-presidente da Abeeólica, Lauro Fiúza, a marca de 1 GW é um fecho importante do Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, consolidando-se como fase de destaque da energia eólica no País.
VICTOR XIMENESREPÓRTER
As perdas totais de energia registradas pela Coelce (Companhia Energética do Ceará) no ano passado seriam suficientes para abastecer, durante um mês, um município com 125 mil habitantes, população semelhante à do Crato, por exemplo. Os especialistas da Coelce Carlos Falconiere, responsável pela área de disciplina de mercado, e José Caminha Araripe, gerente de regulação e mercado, explicam que essas perdas, da ordem de 33 gigawatts, representam a diferença entre a energia que a empresa comprou e vendeu. Segundo eles, no Estado, o prejuízo sofrido foi de 12,12%.
Conforme Caminha, o valor é um dos menores entre as distribuidoras do Brasil. "Só em empresas com área de atuação muito pequena, há perdas menores", afirma. De acordo com ele, a maior parte dos valores perdidos se dá por conta de aspectos técnicos (10,4%), enquanto o restante ocorre em virtude de irregularidades no uso da energia (1,64%). A Coelce possui 102 subestações, mais de 112 mil quilômetros de rede e cerca de 100 mil transformadores de distribuição de rua, dimensão e quantidade de equipamentos que, segundo Carlos Falconieri, tendem a tornar mais fluente os prejuízos.
Dimensões influenciam
"Quanto maior o comprimento de rede, maiores as chances de perda (técnica)", esclarece.
Já no caso das irregularidades, Caminha e Falconiere afirmam que o nível dos danos tem diminuído nos últimos anos, por meio, principalmente, da atualização de sistemas inteligentes para detectar fraudes e do trabalho de equipes em campo no intuito de fiscalizar possíveis problemas. De 2005 até o ano passado, conforme a Coelce, houve redução de 1,7 ponto percentual nesse tipo de perda. Segundo eles, tais estatísticas são importantes para que a companhia direcione os investimentos para atenuar os prejuízos.
Furto de energia
De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o furto de energia é crime e pode redundar em até quatro anos de prisão, além de multas. A agência ainda orienta que a tentativa de realizar uma fraude nos equipamentos da rede pode provocar incêndios nos domicílios e até a morte por choque elétrico.
Cabos
Segundo a Coelce, mais de 20 mil pessoas em todo o Ceará tiveram seu fornecimento de energia prejudicado, devido ao furto de cabos da rede elétrica, no ano passado. Nesse período, a companhia contabilizou o furto de 50 mil kg de cabos, amargando um prejuízo de, aproximadamente, R$ 1,6 milhão, concentrado de modo mais intenso nos municípios de Fortaleza, Camocim, Acaraú, Trairi, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante, Caucaia, Aracati e Limoeiro do Norte. Em 2011, o volume de cabos furtados já chega a aproximadamente 15 mil kg, causando danos de R$ 530 mil para cerca de 6 mil clientes. Segundo a empresa, a retirada irregular desses cabos da rede elétrica pode ainda ocasionar curto-circuito, queima de aparelhos elétricos e representar risco de acidente. Só com a região leste do Estado, em 2010, foi registrado um prejuízo de cerca de R$ 80 mil, contabilizando 21 ocorrências na rede. Em 2011, os números já contam com expressivos indicadores: 4 ocorrências geraram um prejuízo de R$ 40.000, até o mês de abril.
MARCOEólica bate 1 gigawatt de potência instalada
A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) informou que o País chegou ontem à marca de 1 GW (gigawatt) de potência eólica instalada no País. Segundo a Abeeólica, "os geradores e os desenvolvedores de parques eólicos, a partir desta etapa, iniciarão a consolidação de uma fase de crescimento, que cada vez mais irá se acelerar". A expectativa do setor é que a geração eólica represente algo em torno de 5,2 GW na matriz brasileira até 2013.
O total está distribuído entre os 50 empreendimentos em operação. Essa meta foi atingida com a entrada em operação do parque eólico Elebrás Cidreira 1, pertencente à associada EDP Energias do Brasil, localizado no município de Tramandaí (RS). Lá estão 31 aerogeradores fabricados pela Wobben WindPower, com capacidade total de 70 MW (megawatts).
1% da energia
Com isto, de acordo com dados da Aneel atualizados ontem sobre a capacidade de geração de energia do País, as usinas eólicas já respondem por quase 1% da energia outorgada.
Para o vice-presidente da Abeeólica, Lauro Fiúza, a marca de 1 GW é um fecho importante do Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, consolidando-se como fase de destaque da energia eólica no País.
VICTOR XIMENESREPÓRTER
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