inss Governo quer zerar contribuição
Fim da contribuição do INSS sobre a folha seria
compensada por um novo tributo que incidiria no
faturamento. Brasília O governo quer reduzir a zero,
num prazo de três anos, a contribuição de 20%
para o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), hoje recolhida sobre a folha salarial.
No governo anterior, a proposta apresentada
previa uma desoneração parcial, cortando
a alíquota de 20% para 14%.
compensada por um novo tributo que incidiria no
faturamento. Brasília O governo quer reduzir a zero,
num prazo de três anos, a contribuição de 20%
para o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), hoje recolhida sobre a folha salarial.
No governo anterior, a proposta apresentada
previa uma desoneração parcial, cortando
a alíquota de 20% para 14%.
Em contrapartida, será criado um novo tributo,
a ser cobrado sobre o faturamento das empresas,
cuja arrecadação passará a financiar a Previdência.
As alíquotas do novo tributo serão diferenciadas
por setor. A indústria pagará a menor alíquota,
que será algo entre 1,5% a 2%. Os bancos,
por sua vez, sofrerão uma tributação mais
pesada.
Os estudos técnicos propuseram tributar
mais fortemente o setor de serviços e desonerar
a indústria porque o propósito dessa alteração
tributária é aumentar a competitividade dos
produtos brasileiros. Esses primeiros
detalhes da proposta do governo de
desoneração da folha foram apresentados
ontem pelo ministro da Fazenda, Guido
Mantega, em reunião com representantes
das centrais sindicais. "Vai na direção do
que a gente queria", disse o presidente da
Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho, deputado pelo PDT de São Paulo.
Os sindicalistas temiam que, com a desoneração
da folha, as contas da Previdência fossem
enfraquecidas. Isso poderia servir de pretexto
para novas reformas que poderiam mexer
nas regras trabalhistas. A nova contribuição
sobre o faturamento afasta essas preocupações.
"Antes de qualquer discussão, quisemos
saber duas coisas do ministro: se os
direitos dos trabalhadores seriam
afetados e se a Previdência seria mantida",
disse o secretário-geral da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Canindé Pegado, que
achou a proposta positiva. Num primeiro
momento, a nova contribuição sobre o
faturamento vai manter a arrecadação da
Previdência, disse Paulinho.
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