Levantar peso pode beneficiar sobreviventes de câncer de mama

As sobreviventes de câncer de mama são freqüentemente aconselhadas a evitar carregar crianças, sacos pesados ou qualquer peso substancial com o braço do lado a partir do qual seus gânglios linfáticos foram removidos. Os médicos temiam que qualquer esforço feito com o braço pudesse desencadear linfedema.
O linfedema é um inchaço doloroso e potencialmente debilitante dos membros, que ocorre quando a linfa não drena da mesma forma que faz em pessoas saudáveis.
Agora, contrariando décadas de conselhos médicos, um novo estudo descobriu que a musculação não coloca as mulheres em risco de desenvolver linfedema após a cirurgia de câncer de mama. Na verdade, levantar pesos sob supervisão pode até reduzir as chances de desenvolver a condição.
Alguns pesquisadores começaram a se perguntar se esse conselho não estava deixando as mulheres com os braços enfraquecidos e, ironicamente, com maior risco de linfedema. Para testar a teoria, eles acompanharam 154 pacientes com câncer de mama que tiveram pelo menos dois linfonodos retirados nos últimos cinco anos.
Metade das mulheres foi escolhida aleatoriamente para participar de um programa de levantamento de peso de 13 semanas, supervisionado. A outra metade não fez nada. Um ano depois, 11% das mulheres no grupo de levantamento de peso desenvolveram linfedema, em comparação com 17% das mulheres do grupo que não fez exercício.
As mulheres que tinham cinco ou mais linfonodos removidos tiveram maiores benefícios a partir do exercício físico: 22% dessas mulheres que estavam no grupo sem exercício desenvolveram a condição, mas apenas 7% destas mulheres no programa de levantamento de peso desenvolveram.
O estudo confirmou descobertas anteriores que afirmavam que o programa de levantamento de peso supervisionado era útil para mulheres que já tinham desenvolvido linfedema.
Médicos geralmente removem nódulos linfáticos para evitar que um tumor se espalhe para outras partes do corpo através do sistema linfático. Nos últimos anos, os médicos descobriram que remover apenas alguns linfonodos principais pode limitar o número de linfonodos que devem ser removidos. Mas, em alguns casos, as mulheres ainda estão em risco – cerca de 5 a 7% delas desenvolvem linfedema.

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