Tecido testicular pode criar células produtoras de insulina em homens diabéticos


Pesquisadores descobriram que os homens com diabetes tipo 1 poderiam usar seu próprio tecido testicular para cultivar células produtoras de insulina.
Até agora, as outras formas de terapia desenvolvidas para pacientes de diabetes tipo 1 falharam. Por exemplo, os pesquisadores tentaram transplantar células secretoras de insulina de pacientes falecidos em pessoas com diabetes, mas o corpo pode rejeitá-las.
Os pesquisadores também usaram células-tronco pluripotentes induzidas, que são células-tronco adultas que agem como células-tronco embrionárias por serem programadas com outros tipos de genes. No passado, essa técnica curou ratos com diabetes. O problema com esta terapia foi que, em seres humanos, ela causou teratomas, ou tumores.
Agora, os pesquisadores descobriram uma outra terapia com células-tronco, mais eficiente. Eles extraíram células-tronco espermatogônias do tecido testicular de um paciente falecido, e transformaram essas células em produtoras de insulina, normalmente encontradas dentro do pâncreas. Apenas 1 grama de tecido testicular produz 1 milhão de células-tronco.
O que torna este novo processo original é que as células-tronco são capazes de se transformar em produtoras de insulina sem a utilização de quaisquer genes extras, normalmente usados na maioria dos laboratórios para ajudar a transformar as células-tronco em vários tipos de tecido.
As células espermatogônias têm a capacidade de se transformar sem genes adicionais porque já têm os genes necessários para se tornarem células-tronco embrionárias. Segundo os pesquisadores, antes, não existiam células-tronco, adultas ou embrionárias, que secretassem insulina o suficiente para curar a diabetes em seres humanos. Agora, eles sabem que essa célula tem o potencial de fazer isso, e também sabem como melhorar o seu rendimento.
Os cientistas já testaram a terapia em ratos diabéticos. Eles transplantaram as células no dorso dos animais e descobriram que elas produziram insulina suficiente para diminuir os níveis de glicose por uma semana. O próximo passo da pesquisa é melhorar o tratamento para que ele dure mais. [DailyTech]

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