Dólar fecha abaixo de R$ 1,70 pela primeira vez desde setembro
O dólar comercial fechou em queda de mais de 1% nesta sexta-feira (28), um dia depois de ter recuado quase 3%. A divisa dos Estados Unidos fechou abaixo de R$ 1,69 pela primeira vez desde setembro.
A moeda norte-americana recuou 1,44% no dia, a R$ 1,6844 na venda. Este é o menor patamar de fechamento desde o dia 9 de setembro, quando a moeda foi cotada a R$ 1,6772.
Com isso, o dólar fecha a semana com queda acumulada de 5,4%. Faltando apenas um dia útil para o fechamento do mês, a moeda cai 10,48% em outubro. No ano, a valorização - que já chegou a superar os 14% - agora foi reduzida a apenas 1,10%.
De acordo com analistas de mercado, o acordo entre líderes europeus para combater a crise de dívida da região, acertado na madrugada de quinta-feira, trouxe de volta, ao menos por ora, a tranquilidade aos mercados, o que favorece o retorno dos investimentos a países com fundamentos sólidos e elevados rendimentos, como o Brasil.
"A Europa tirou a aversão ao risco e agora os fundamentos da economia brasileira se tornam mais importantes", afirmou o economista-chefe do Espirito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.
Na véspera, os mercados financeiros globais tiveram um dia de euforia, depois que autoridades europeias chegaram a um acordo envolvendo a participação de credores privados na ajuda à Grécia e o reforço no fundo de resgate da região, que pode chegar a 1 trilhão de euros.
O acordo amenizou temores quanto a um contágio da crise de dívida da Europa e a seus efeitos sobre a economia global.
Juro elevado
Para o analista econômico da Win Trade José Goés, os agentes tendem a olhar com mais atenção a taxa básica de juros brasileira que, mesmo em queda, ainda é uma das maiores do mundo.
A Selic está atualmente em 11,5% ao ano, e investidores apostam em mais duas quedas de 0,5 ponto percentual até o início de 2012. A taxa remunera, entre outros, os títulos públicos, o que atrai mais investidores estrangeiros e, dessa forma, mais dólares para o país. Com fluxo intenso, a tendência é de queda da moeda norte-americana.
Santos, do Espirito Santo Investment Bank, acredita que o nível de R$ 1,70 deve se mostrar um patamar de suporte para o dólar.
"Apenas com o tempo, se vierem notícias consistentes da Europa, o dólar pode ir a R$ 1,65. Mas R$ 1,60 é um nível em que o Banco Central já mostrou que pretende fazer atuações (para frear a queda)", disse.
O BC realizou pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, no qual rolou cerca de metade dos 30 mil contratos (US$ 1,5 bilhão) ofertados, mas sem grandes impactos no comportamento da moeda neste pregão. Foi o quarto leilão feito pela autoridade monetária desde que voltou a atuar com essa ferramenta, no fim de setembro.
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Com isso, o dólar fecha a semana com queda acumulada de 5,4%. Faltando apenas um dia útil para o fechamento do mês, a moeda cai 10,48% em outubro. No ano, a valorização - que já chegou a superar os 14% - agora foi reduzida a apenas 1,10%.
De acordo com analistas de mercado, o acordo entre líderes europeus para combater a crise de dívida da região, acertado na madrugada de quinta-feira, trouxe de volta, ao menos por ora, a tranquilidade aos mercados, o que favorece o retorno dos investimentos a países com fundamentos sólidos e elevados rendimentos, como o Brasil.
"A Europa tirou a aversão ao risco e agora os fundamentos da economia brasileira se tornam mais importantes", afirmou o economista-chefe do Espirito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.
Na véspera, os mercados financeiros globais tiveram um dia de euforia, depois que autoridades europeias chegaram a um acordo envolvendo a participação de credores privados na ajuda à Grécia e o reforço no fundo de resgate da região, que pode chegar a 1 trilhão de euros.
O acordo amenizou temores quanto a um contágio da crise de dívida da Europa e a seus efeitos sobre a economia global.
Juro elevado
Para o analista econômico da Win Trade José Goés, os agentes tendem a olhar com mais atenção a taxa básica de juros brasileira que, mesmo em queda, ainda é uma das maiores do mundo.
A Selic está atualmente em 11,5% ao ano, e investidores apostam em mais duas quedas de 0,5 ponto percentual até o início de 2012. A taxa remunera, entre outros, os títulos públicos, o que atrai mais investidores estrangeiros e, dessa forma, mais dólares para o país. Com fluxo intenso, a tendência é de queda da moeda norte-americana.
Santos, do Espirito Santo Investment Bank, acredita que o nível de R$ 1,70 deve se mostrar um patamar de suporte para o dólar.
"Apenas com o tempo, se vierem notícias consistentes da Europa, o dólar pode ir a R$ 1,65. Mas R$ 1,60 é um nível em que o Banco Central já mostrou que pretende fazer atuações (para frear a queda)", disse.
O BC realizou pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, no qual rolou cerca de metade dos 30 mil contratos (US$ 1,5 bilhão) ofertados, mas sem grandes impactos no comportamento da moeda neste pregão. Foi o quarto leilão feito pela autoridade monetária desde que voltou a atuar com essa ferramenta, no fim de setembro.
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