Floresta Nacional do Araripe recebe ações de recuperação


Após ampliação da Floresta Nacional do Araripe, no Ceará, em 700 hectares desde a aprovação do Código Florestal, uma equipe de ambientalistas desenvolve um trabalho de recuperação da nova área que desde junho pertence à floresta. Em 6 de junho, durante a Semana do Meio Ambiente, a área de 700 hactares passou a fazer parte da Floresta do Araripe, que atualmente tem 39.333 hectares.
Floresta Nacional do Araripe recebe ações de recuperação
O terreno, anexado à floresta, pertencia a uma empresa de pesquisa de agropecuária, extinta em 1997. No terreno só havia capim e as árvores haviam sido destruídas. “Quando a gente chegou aqui, que viu essa área devastada, a gente fez um experimento para ver o que dava para recuperar. Aí já replantamos espécies nativas e estamos recuperando o terreno”, diz o analista ambiental Gilmário Agostinho.
Um grupo de 20 ambientalistas faz a fiscalização na área. O objetivo, segundo o chefe de fiscalização William Brito, é impedir desmatamento na Floresta Nacional do Araripe, evitar a caça e recuperar áreas devastadas. “Queremos fazer com que a nova geração colabore, participe da nova gestão dessa unidade”, resume o fiscal.
A Floresta Nacional do Araripe foi reconhecida como floresta protegida pelo governo em 1956. A área é considerada um “oásis verde” pela população da região do Cariri, que tem um clima seco e de pouca chuva. Uma das dificuldades para o replantio de árvores nativas é a baixa umidade, por conta das reduzidas chuvas neste ano. Segundo ambientalistas, pela primeira vez se registra focos de incêndio na floresta do Araripe desde o mês de maio.
Espécie exclusiva
da região

Na área de 700 hectares que passou a fazer parte da Floresta Nacional do Araripe também foram encontrados vários soldadinhos do Araripe, pássaro que vive exclusivamente na floresta. “Nós tivemos a grata surpresa de descobrir ele habitando uma grota justamente nessa área que acabou de ser lançada como a floresta nacional. Essa nova área vai beneficiar e ajudar a recuperar o soldadinho do Araripe”, diz o biólogo Weber Girão. 

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