OPERAÇÕES FRAUDULENTAS BNB contabiliza perda de R$ 67 mi
O governo define passivos contingentes como "dívidas cuja existência depende de fatores imprevisíveis"
O Banco do Nordeste (BNB) já contabilizou perdas de R$ 67 milhões, dentre os R$ 100 milhões que teriam sidos desviados das funções contratadas em 24 operações de crédito realizadas pela instituição entre o fim de 2009 e início de 2011. A utilização dos recursos, as empresas, clientes e funcionários envolvidos nas fraudes são objetos de investigação pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e pelo próprio banco, por meio de auditorias e sindicâncias internas.
BNB informa que três colaboradores já foram demitidos e 15 funcionários afastados FOTO: DIVULGAÇÃO
Repassada à imprensa ontem, a contabilização do prejuízo foi informada a um integrante do MPF, em uma das reuniões para investigação das denúncias, realizada na sede do BNB, em fins do ano passado. Segundo a fonte, a operação teria sido autorizada pelo Banco Central.
Sigilo Bancário
Como forma de auxiliar nas investigações e agilizar as apurações das fraudes em financiamentos no BNB, o procurador da República no Ceará, Alexandre Meireles Marques, disse ontem, que está pedindo a quebra do sigilo bancário e liberação das operações financeiras de nove empresas e de quatro pessoas físicas. Uma delas é proprietária de cinco das nove empresas acusadas de emissão de notas fiscais frias para justificar os empréstimos contraídos e de usar "empresas laranjas" para respaldar as operações fraudulentas.
Segundo Marques, o pedido de quebra de sigilo bancário foi negado pela Justiça Federal do Ceará, sob o argumento de que cabe ao Ministério Público Estadual e não ao Federal investigar tais casos de desvios financeiros. "Diante da negativa, já recorremos em outubro último, ao Tribunal Regional Federal, da 5ª Região, em Recife, e estamos apenas aguardando a respostas para aprofundarmos as investigações", disse o procurador. Ele aguarda também o resultado das investigações que estão sendo feitas pela Controladoria Geral da União (CGU) e das auditorias internas do BNB para dar seguimento judicial a processo.
BNB confirma
Por meio de nota, o BNB disse que "as operações objeto de fraudes foram integralmente contabilizadas como Passivo Contingente (condicional) no balanço de 31.12.2011, conforme instruções do Banco Central sobre o tema e que o valor contabilizado reflete o risco de crédito total ao qual o Banco do Nordeste estava exposto nas referidas operações, ou seja, cerca de R$ 67 milhões".
Ainda segundo a direção do BNB, as sindicâncias internas apuradas desde de julho de 2011, "culminaram com a demissão de três colaboradores - entre funcionários e terceirizados - e o afastamento preventivo de 15 funcionários de suas funções". O total de envolvidos só será anunciado ao final das investigações.
Manifestação
O Sindicato dos Bancários do Ceará realizará hoje no Passaré, manifestação para marcar o ajuizamento da Ação de Isonomia, que reivindica vários direitos e benefícios para funcionários dos bancos federais, como licença-prêmio, anuênios, promoção, auxílio material escolar, folgas, empréstimo de férias.
O sindicato reune os beneficiários da Ação de Equiparação das funções em comissão dos funcionários do BNB às do Banco do Brasil, exigindo o cumprimento de decisão judicial que manda restabelecer o direito para mais de 1.600 funcionários da ativa e aposentados.
Diante das denúncias de fraude, o sindicato quer o afastamento de toda a Diretoria do BNB.
CARLOS EUGÊNIOREPÓRTER
O Banco do Nordeste (BNB) já contabilizou perdas de R$ 67 milhões, dentre os R$ 100 milhões que teriam sidos desviados das funções contratadas em 24 operações de crédito realizadas pela instituição entre o fim de 2009 e início de 2011. A utilização dos recursos, as empresas, clientes e funcionários envolvidos nas fraudes são objetos de investigação pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e pelo próprio banco, por meio de auditorias e sindicâncias internas.
BNB informa que três colaboradores já foram demitidos e 15 funcionários afastados FOTO: DIVULGAÇÃO
Repassada à imprensa ontem, a contabilização do prejuízo foi informada a um integrante do MPF, em uma das reuniões para investigação das denúncias, realizada na sede do BNB, em fins do ano passado. Segundo a fonte, a operação teria sido autorizada pelo Banco Central.
Sigilo Bancário
Como forma de auxiliar nas investigações e agilizar as apurações das fraudes em financiamentos no BNB, o procurador da República no Ceará, Alexandre Meireles Marques, disse ontem, que está pedindo a quebra do sigilo bancário e liberação das operações financeiras de nove empresas e de quatro pessoas físicas. Uma delas é proprietária de cinco das nove empresas acusadas de emissão de notas fiscais frias para justificar os empréstimos contraídos e de usar "empresas laranjas" para respaldar as operações fraudulentas.
Segundo Marques, o pedido de quebra de sigilo bancário foi negado pela Justiça Federal do Ceará, sob o argumento de que cabe ao Ministério Público Estadual e não ao Federal investigar tais casos de desvios financeiros. "Diante da negativa, já recorremos em outubro último, ao Tribunal Regional Federal, da 5ª Região, em Recife, e estamos apenas aguardando a respostas para aprofundarmos as investigações", disse o procurador. Ele aguarda também o resultado das investigações que estão sendo feitas pela Controladoria Geral da União (CGU) e das auditorias internas do BNB para dar seguimento judicial a processo.
BNB confirma
Por meio de nota, o BNB disse que "as operações objeto de fraudes foram integralmente contabilizadas como Passivo Contingente (condicional) no balanço de 31.12.2011, conforme instruções do Banco Central sobre o tema e que o valor contabilizado reflete o risco de crédito total ao qual o Banco do Nordeste estava exposto nas referidas operações, ou seja, cerca de R$ 67 milhões".
Ainda segundo a direção do BNB, as sindicâncias internas apuradas desde de julho de 2011, "culminaram com a demissão de três colaboradores - entre funcionários e terceirizados - e o afastamento preventivo de 15 funcionários de suas funções". O total de envolvidos só será anunciado ao final das investigações.
Manifestação
O Sindicato dos Bancários do Ceará realizará hoje no Passaré, manifestação para marcar o ajuizamento da Ação de Isonomia, que reivindica vários direitos e benefícios para funcionários dos bancos federais, como licença-prêmio, anuênios, promoção, auxílio material escolar, folgas, empréstimo de férias.
O sindicato reune os beneficiários da Ação de Equiparação das funções em comissão dos funcionários do BNB às do Banco do Brasil, exigindo o cumprimento de decisão judicial que manda restabelecer o direito para mais de 1.600 funcionários da ativa e aposentados.
Diante das denúncias de fraude, o sindicato quer o afastamento de toda a Diretoria do BNB.
CARLOS EUGÊNIOREPÓRTER
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