Câncer vai fazer Lula se tornar o padre Cícero´, diz articulista do Estadão

Autor do livro O que sei de Lula, o editorialista do Jornal da Tarde e articulista do Estadão, José Nêumanne Pinto, revela que fará uma segunda edição da obra, originalmente lançada em agosto deste ano. O motivo é a doença enfrentada pelo ex-presidente da República. "O câncer vai fazer Lula se tornar o padre Cícero”, disse ao participar do evento “Liberdade de Imprensa X Politicamente Correto, realizado nesta última segunda-feira, 28, em São Paulo.

Ao citar a doença de Lula – que já faz sessões de quimioterapia para eliminar um tumor na laringe -, o jornalista referiu-se ao religioso cearense Cícero Romão Batista (1884 - 1934), primeiro prefeito de Juazeiro do Norte (CE). Além da vida dedicada à política e ao sacerdotismo, Padre Cícero é considerado santo por muitos fiéis da Igreja Católica. Na cidade em que foi prefeito, há uma estátua de 27 metros de altura em sua homenagem.

Nêumanne acredita que a doença de Lula vai comover a maioria dos brasileiros, tornando-o um mito, não apenas por razões políticas, mas pelo fato de ser um cidadão comum que passa a protagonizar uma verdadeira jornada de herói. “O povo ama o Lula porque tem nele a figura exata do que é um brasileiro”. Esse grau de devoção fará o poder do líder petista crescer até mesmo dentro de seu partido, avalia Nêumanne. “Ele vai fazer o que quiser com o PT e com o Brasil”.

De acordo com o jornalista do Grupo Estado e comentarista do SBT e da rádio Jovem Pan, a ascensão progressiva da imagem de Lula coincide com a fragilidade da oposição. Segundo o analista, PSDB e DEM são “coniventes” com a corrupção e a má gestão lideradas pelos governos do PT. Nêumanne Pinto afirma que os tucanos não venceram as duas últimas eleições presidenciais porque não quiseram. “Conseguiram fazer um ex-ministro da Saúde perder para uma mulher que mal consegue falar a Língua Portuguesa”, lembrou.



Amizade
Sobre as afirmações contidas no livro, Nêumanne explicou que realmente sabe muitas histórias de Lula. Em sua fala no evento, as palavras “amizade” e “convívio” sobressaíram como forma de fundamentar as análises acerca das atitudes do petista, principalmente antes do engajamento no campo político-partidário.

Apesar das diversas críticas, o jornalista garante que sua amizade com o ex-presidente não acabou. Perguntado pela reportagem do Comunique-se a respeito de seu relacionamento com o petista, Nêumanne esclareceu. "Quando ele (Lula) decidiu entrar para a política, disse que era um erro e acabamos nos afastando. Minha opinião se mostrou equivocada, pois ele não só ingressou na política como se tornou o maior político da história do País”. O jornalista, porém, crê na simpatia de Lula. “Ele ainda fala bem de mim, até porque não gosta de ler nenhum artigo e não sabe o que escrevo sobre ele”, completou, provocando risos na plateia.

A história do dedo
Aberta ao público para perguntas, a apresentação de Nêumanne não escapou à polêmica sobre a perda do mindinho da mão esquerda de Lula. “É a mesma história das outras contadas pelo Lula: ele sempre é o herói e sempre tem um filho da p... para atrapalhar”, explicou. Segundo o jornalista, Lula lhe contou a versão do acidente somente dez anos depois do ocorrido.

O ex-presidente estaria trabalhando no torno quando um colega bêbado chegou e prensou seu dedo; que ficou trabalhando porque o patrão não o deixou ir ao médico; que depois do expediente foi levado por alguns amigos para o pronto-socorro, mas que o médico amputou o dedo por comodismo. “Aí, eu pergunto: quem era esse bêbado? Quem era o patrão? Quem eram esses amigos? Quem era o médico?”, indagou, respondendo em seguida: “Ninguém sabe!”

Fonte: Comunique-se

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