Manoel Salviano continua falando sobre sua participação nas próximas eleições

O deputado federal Manoel Salviano (PSD), em entrevista ao repórter Murilo Siqueira, no último final de semana, lançou várias dúvidas sobre sua participação no próximo pleito eleitoral de Juazeiro do Norte. Ele falou de apoios, a necessidade de um novo projeto para a cidade, se colocou como alternativa e opinou sobre a “morte” da ideologia.
Manoel Salviano continua falando sobre sua participação nas próximas eleições

PARECE QUE a entrada da cúpula do PT nas negociações com o deputado Salviano possibilitou mesmo foi o fortalecimento do seu nome no processo pré-eleitoral. Salviano que já vinha dando declarações efusivas, agora piorou ainda mais as projeções sobre o seu futuro político no município.

Manoel Salviano não descartou a possibilidade de apoio ao prefeito Santana, mas foi enfático em dizer que Juazeiro precisa de um grande projeto, deixando a entender que seu apoio será condicionado a isso.

Ele continuou firme na afirmação que José Arnon tem preferencialmente seu apoio, se for candidato. Na verdade, é esse “se” na candidatura de Arnon, que abre todas essas possibilidades para o deputado Salviano. Arnon está sem base, o que, ainda inviabiliza sua candidatura.

A novidade na entrevista foi o fato dele ter se colocado também como alternativa para executar esse grande projeto. Mas, disse também que não irá para a disputa contra tudo e contra todos, como fez da última vez. Não cometerá o mesmo erro duas vezes.

O ponto mais polêmico da entrevista foi a colocação de que a ideologia estaria morta, colocando os comunistas como exemplo. E nesse caso terei de discordar do deputado Salviano. A ideologia não é uma coisa, um produto palpável que se deteriora e simplesmente some. A ideologia é um processo construtivo de discussões que tenta mostrar o melhor caminho para o desenvolvimento da sociedade.

Os comunistas não têm sobre si a responsabilidade da “criação” dessa ideologia, nem tampouco a esquerda tem a tutela sobre ela. As ideologias fogem dessa compreensão de pertencimento. Elas têm vida própria e existem independentes dos erros de quem as ajudou a construir.

Ideologias são como fênix, simplesmente ressurgem, se constroem sem qualquer explicação. Justificada apenas nos novos anseios das classes que convivem na mesma sociedade, mas, pensam diferentes. E isso é saudável e salutar para nossa existência.

Veja-se, o exemplo da ideologia neoliberal que tenta se refazer, se construir, para voltar a indicar o caminho que julga ser o melhor para a sociedade. Da mesma forma que a ideologia socialista se alto analisa depois das experiências do leste europeu.

O mais importante nisso tudo é compreendermos que se a ideologia morrer é porque paramos de debater; e se paramos de debater é porque estamos, como sociedade, fadados ao fracasso. Por isso, vida longa as ideologias.

Jornalista Madson Vagner

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