Jovens artistas pintam tabus da sociedade tailandesa
Uma exposição de dois jovens artistas em Bangcoc retrata assuntos que são tabu na sociedade tailandesa.
A série intitulada 'Muddled' ('Atrapalhado', em tradução livre) engloba sete pinturas de Anon Lulitananda e dez ilustrações de Poom Pechavanish.
As imagens com forte apelo sexual foram descritas como um 'deboche' pela imprensa local.
As obras abordam temas como prostituição, promiscuidade, cirurgia plástica, homossexualismo, violência no trânsito e a infidelidade, assuntos evidentes aos olhos estrangeiros, mas que dificilmente são discutidos socialmente no país.
O pintor Anon Lulitananda faz uso de distorções e proporções grotescas para satirizar cenas do cotidiano que são ignoradas habitualmente.
Já as obras do ilustrador Poom Pechavanish são emaranhados, com traços psicodélicos e formas humanoides abstratas.
Ambos artistas se dizem influenciados pela estética dos desenhos em quadrinhos japoneses, o mangá, e pelo movimento underground americano.
Tabu 'Eu recebo reclamações de pessoas que ficam ofendidas com esse tipo de arte', disse à BBC Brasil a curadora da exibição Korakot Sridee. 'Mas aí eu explico o conceito do artista e eles passam a ver com outros olhos', completou.
'Na nossa sociedade não se pode ser francamente agressivo, então eu disfarço a minha mensagem. Desenho coisas bonitinhas mas que vistas de perto revelam uma outra história', explica o artista Poom Pechavanish.
'O que vejo no dia a dia é o que pinto. Não invento', afirma Anon Lulitananda. 'Acredito que a geração jovem está pronta para esse tipo de verdade da arte, embora os mais velhos fiquem confusos com a minha mensagem', avalia.
Assunto evidente na arte da dupla, a pornografia e a prostituição são proibidas por lei naTailândia, embora sejam amplamente toleradas e alimentadas pelo turismo sexual.
'A cultura tailandesa é rica em aspectos sexuais, mas acredito que a maioria das pessoas não fale sobre isso por achar que pode comprometer a boa imagem do país', explica a crítica de arte e ex-docente da Universidade Silpakorn Janice Wongsurawat.
'Todo mundo sabe o que acontece, mas ninguém fala', conclui Wongsurawat.
A série intitulada 'Muddled' ('Atrapalhado', em tradução livre) engloba sete pinturas de Anon Lulitananda e dez ilustrações de Poom Pechavanish.
As imagens com forte apelo sexual foram descritas como um 'deboche' pela imprensa local.
As obras abordam temas como prostituição, promiscuidade, cirurgia plástica, homossexualismo, violência no trânsito e a infidelidade, assuntos evidentes aos olhos estrangeiros, mas que dificilmente são discutidos socialmente no país.
O pintor Anon Lulitananda faz uso de distorções e proporções grotescas para satirizar cenas do cotidiano que são ignoradas habitualmente.
Já as obras do ilustrador Poom Pechavanish são emaranhados, com traços psicodélicos e formas humanoides abstratas.
Ambos artistas se dizem influenciados pela estética dos desenhos em quadrinhos japoneses, o mangá, e pelo movimento underground americano.
Tabu 'Eu recebo reclamações de pessoas que ficam ofendidas com esse tipo de arte', disse à BBC Brasil a curadora da exibição Korakot Sridee. 'Mas aí eu explico o conceito do artista e eles passam a ver com outros olhos', completou.
'Na nossa sociedade não se pode ser francamente agressivo, então eu disfarço a minha mensagem. Desenho coisas bonitinhas mas que vistas de perto revelam uma outra história', explica o artista Poom Pechavanish.
'O que vejo no dia a dia é o que pinto. Não invento', afirma Anon Lulitananda. 'Acredito que a geração jovem está pronta para esse tipo de verdade da arte, embora os mais velhos fiquem confusos com a minha mensagem', avalia.
Assunto evidente na arte da dupla, a pornografia e a prostituição são proibidas por lei naTailândia, embora sejam amplamente toleradas e alimentadas pelo turismo sexual.
'A cultura tailandesa é rica em aspectos sexuais, mas acredito que a maioria das pessoas não fale sobre isso por achar que pode comprometer a boa imagem do país', explica a crítica de arte e ex-docente da Universidade Silpakorn Janice Wongsurawat.
'Todo mundo sabe o que acontece, mas ninguém fala', conclui Wongsurawat.
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