Jovens do mundo cobram pleno acesso à educação gratuita

O 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes dedica esta quinta-feira (16) aos intercâmbios com a África do Sul, sede deste evento que reúne a cerca de 15 mil participantes de mais de 140 nações. No dia anterior, jovens de todo mundo que integram o evento cobraram pleno acesso à educação gratuita.

Todo o país celebra hoje o chamado Dia da Reconciliação e, como tem sido habitual nos últimos anos, reinará a alegria e o entusiasmo em uma terra que era dividida entre negros e brancos, antes de 1994, pelo segregacionista regime do apartheid.

De acordo com o programa do encontro, cuja primeira edição aconteceu em Praga em 1947, a música e a arte dos anfitriões serão compartilhados novamente com os visitantes, que não deixam de se entusiasmarem diante dos ritmos sul-africanos.

"Que jeito de dançar e de se divertir tem essa gente", disseram a Prensa Latina dois brasileiros no Centro de Eventos de Tshwane, sem deixar de lado seu samba e o famoso carnaval do Rio de Janeiro.

Ontem, delegados reivindicaram que o pleno acesso à educação de maneira gratuita deve ser um direito garantido para todos. "Agora se faz mais necessária que nunca a luta contra a mercantilização do ensino e a criação de uma universidade popular em benefício das novas gerações", expressou a brasileira Kelen Rosso.

Ela manifestou que a formação dos seres humanos não pode ser um serviço para poucos, os mais ricos; deve chegar aos mais diversos setores da sociedade.

"Não pode a educação ser uma mercadoria, temos que defendê-la para favorecer os trabalhadores, os camponeses e os indígenas", destacou o presidente da Organização Continental Latino-americana e Caribenha de Estudantes, Yordanys Charchabal.

Ele afirmou que a região defende uma nova universidade ao estilo da Escola Latino-americana de Medicina, criada primeiro em Cuba e depois na Venezuela.

"Qualquer governo tem o dever de dar oportunidade de alfabetização a seu povo", apontou o cubano Carlos Rangel, que destacou os avanços do sistema educacional na maior das Antilhas, apesar de seus limitados recursos materiais.

Ontem, os participantes tiveram um maior contato com a vida e obra do lendário guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara, verdadeiro exemplo de "um homem universal, de todas as causas justas".

Aleida Guevara, filha do Che, dissertou sobre os valores revolucionários e a necessidade da solidariedade e da unidade entre todos para vencer os obstáculos mais difíceis. "Devemos continuar estudando e aprendendo aquilo que ele nos ensina", recomendou aos presentes Aleida, que recebe incontáveis mostras de afeto de desconhecidos quando estes se inteiram do parentesco com o chamado Guerrilheiro Heroico.

Com Prensa Latina


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