Preço dos alimentos pode afetar programas das Nações Unidas


A principal agência das Nações Unidas para a distribuição de alimentos no mundo, o Programa Alimentar Mundial (PAM), advertiu que a alta dos preços dos alimentos vai prejudicar o trabalho da instituição. No total, cerca de 100 milhões de pessoas em todo mundo são beneficiadas pela agência. A direção do órgão informou que foi acesa a “luz de alerta vermelho” sobre eventuais ameaças aos programas de distribuição de alimentos para populações em risco.

Para a direção do PAM, as consequências em longo prazo são o aumento dos níveis de desnutrição, a redução da renda disponível para a escola, o acesso aos serviços de saúde e a instabilidade social. 


Atualmente, segundo o Banco Mundial, os preços estão apenas 3% abaixo do percentual de aumento mais elevado já registrado pela instituição, que foi o do ano de 2008. De acordo com os números do PAM, 44 milhões de pessoas vivem na faixa de pobreza extrema.

"O aumento dos preços dos alimentos são uma realidade para todo o mundo, mas tem o maior impacto sobre as populações mais pobres e mais vulneráveis", afirmou a diretora executiva do PAM, Josette Sheeran. "Estamos em alerta vermelho e avaliando e reavaliando as necessidades e planos. Estamos prontos para ajudar."

Programas em risco
Sheeran alertou ainda que se os preços dos alimentos forem mantidos em alta devido às mais diversas condições, como inundações, secas e incêndios, o PAM poderá ser obrigado a rever alguns de seus projetos — mas não especificou quais deles poderiam sofrer redução de recursos ou cortes.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), houve um aumento médio de 3,4% dos preços dos alimentos, comparando os meses de janeiro de 2011 e dezembro de 2010. Dados do Banco Mundial mostram que os preços dos alimentos subiram 15% entre outubro de 2010 e janeiro de 2011.

Fonte: Agência Brasil

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