ABASTECIMENTO Queda no volume hídrico dos açudes é preocupante
O Ceará está com um volume médio de 68% de água. Alguns açudes registram apenas 6% de reserva
Limoeiro do Norte Municípios do Estado do Ceará estão com o abastecimento humano e para agricultura comprometidos pela falta de recarga nos açudes das bacias hidrográficas. É o caso das cidades de Quiterianópolis, Irauçuba e Potiretama, por exemplo. Os açudes públicos apresentam significativa queda no volume armazenado em relação ao mesmo período do ano passado. A falta de chuvas compromete principalmente os reservatórios de menor porte.
O Ceará está com um volume médio de 68% de água. Alguns açudes registram apenas 6% de reserva
Limoeiro do Norte Municípios do Estado do Ceará estão com o abastecimento humano e para agricultura comprometidos pela falta de recarga nos açudes das bacias hidrográficas. É o caso das cidades de Quiterianópolis, Irauçuba e Potiretama, por exemplo. Os açudes públicos apresentam significativa queda no volume armazenado em relação ao mesmo período do ano passado. A falta de chuvas compromete principalmente os reservatórios de menor porte.
O Ceará está com um volume médio de 68% de água em seus reservatórios. No mesmo período do ano passado, a reserva era superior a 80% e ainda crescente em virtude das chuvas da época, chegando a 84,2% no final de maio. Em 2012, alguns açudes registram apenas 6% de reserva e são considerados em situação crítica. O Governo do Estado já deu início a uma campanha para escavação de poços subterrâneos e abastecimento por carros-pipa. Neste ano de seca tem sido essas as únicas alternativas para muitos sertanejos cearenses.
Na semana passada, o Governo do Estado considerou que o volume de reserva nas bacias hidrográficas neste ano é "confortável". Na média estadual, sim; no entanto quando se especifica as bacias e, daí, os açudes, a situação varia de confortável a dramática. O Açude Colina, em Quiterianópolis, está com 21%; tem 21% o Açude Potiretama, na cidade do mesmo nome; em Mauriti, o Quixabinha tem 13% e as comunidades rurais já dependem de carros-pipa.
O mesmo em comunidades de Quixeramobim, que dependem do Açude Pirabibu, com apenas 16% de reserva. E o Forquila II, em Tauá, com míseros 5,8% de água. A situação é pior quanto mais as comunidades dependem dos açudes pequenos e médios, os primeiros a registrarem forte queda no volume.
Pequenos reservatórios
E, mesmo assim, tem dois açudes sangrando, mas são ínfimos se comparados à demanda que representam. Também até ontem à tarde se registravam 20 açudes com menos de 30% da capacidade de reserva, e somente dez açudes com volume acima de 90%.
"A situação está complicada principalmente nos pequenos açudes que abastecem comunidades rurais. Por serem menores, neles a falta de chuva e a ausência de recarga é sentida mais rapidamente. A saída é cavar poços ou os carros-pipa" afirma a assistente da Diretoria de Produção da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), Gianni Lima.
Das 11 bacias hidrográficas do Ceará, dez estão com recarga bem inferior à registrada em maio de 2011. A exceção é a bacia do Litoral, na Zona Norte, com 64%, valor maior que ao fim do período chuvoso do ano passado. A maior redução ocorre na bacia hidrográfica do Baixo-Jaguaribe: está com 54,8% da capacidade - em 2011 estava com 100%.
A bacia Metropolitana, que abastece Fortaleza e circunvizinhança, terminou maio do ano passado com 82,3%, chegou a janeiro deste ano com 61,9%, e quando teoricamente deveria aumentar com as chuvas, estava até ontem com 56,3%.
Melhor situação
A melhor situação está na bacia do Alto Jaguaribe, com 87% da capacidade - iniciou este ano com 83%. A do Médio Jaguaribe está com 70,5% e teve uma das menores quedas, fato explicado em parte pela presença do Açude Castanhão, o maior reservatório do Estado. Tem 70,6% de reserva, ou 4,7 bilhões de metros cúbicos de água, ou, ainda, quase um terço de toda a reserva hídrica em açude público do Estado do Ceará.
Mas enquanto entre janeiro e maio de 2011 aumentava o volume de reserva, chegando a 82% em julho, neste ano estima-se que continue em queda.
Comportas
Fez falta o evento da abertura das comportas do Açude Castanhão, que todos os anos (de chuvas) atrai centenas de curiosos e turistas para o Município de Jaguaribara, localizado na região do Vale do Jaguaribe. Sem chuvas a contento, as comportas permaneceram fechadas, para garantir a reserva.
O volume médio de reserva nos açudes cearenses é considerado bom. Mas não terá média relativa que tranquilize se em 2013, por exemplo, se registrar a mesma estiagem deste ano. Daí õ quadro tende a se agravar.
Mais informações:
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh)
Rua Adualdo Batista, 1550
Parque Iracema, Fortaleza
Telefone: (85) 3218.7038
Limoeiro do Norte Municípios do Estado do Ceará estão com o abastecimento humano e para agricultura comprometidos pela falta de recarga nos açudes das bacias hidrográficas. É o caso das cidades de Quiterianópolis, Irauçuba e Potiretama, por exemplo. Os açudes públicos apresentam significativa queda no volume armazenado em relação ao mesmo período do ano passado. A falta de chuvas compromete principalmente os reservatórios de menor porte.
O Ceará está com um volume médio de 68% de água. Alguns açudes registram apenas 6% de reserva
Limoeiro do Norte Municípios do Estado do Ceará estão com o abastecimento humano e para agricultura comprometidos pela falta de recarga nos açudes das bacias hidrográficas. É o caso das cidades de Quiterianópolis, Irauçuba e Potiretama, por exemplo. Os açudes públicos apresentam significativa queda no volume armazenado em relação ao mesmo período do ano passado. A falta de chuvas compromete principalmente os reservatórios de menor porte.
O Ceará está com um volume médio de 68% de água em seus reservatórios. No mesmo período do ano passado, a reserva era superior a 80% e ainda crescente em virtude das chuvas da época, chegando a 84,2% no final de maio. Em 2012, alguns açudes registram apenas 6% de reserva e são considerados em situação crítica. O Governo do Estado já deu início a uma campanha para escavação de poços subterrâneos e abastecimento por carros-pipa. Neste ano de seca tem sido essas as únicas alternativas para muitos sertanejos cearenses.
Na semana passada, o Governo do Estado considerou que o volume de reserva nas bacias hidrográficas neste ano é "confortável". Na média estadual, sim; no entanto quando se especifica as bacias e, daí, os açudes, a situação varia de confortável a dramática. O Açude Colina, em Quiterianópolis, está com 21%; tem 21% o Açude Potiretama, na cidade do mesmo nome; em Mauriti, o Quixabinha tem 13% e as comunidades rurais já dependem de carros-pipa.
O mesmo em comunidades de Quixeramobim, que dependem do Açude Pirabibu, com apenas 16% de reserva. E o Forquila II, em Tauá, com míseros 5,8% de água. A situação é pior quanto mais as comunidades dependem dos açudes pequenos e médios, os primeiros a registrarem forte queda no volume.
Pequenos reservatórios
E, mesmo assim, tem dois açudes sangrando, mas são ínfimos se comparados à demanda que representam. Também até ontem à tarde se registravam 20 açudes com menos de 30% da capacidade de reserva, e somente dez açudes com volume acima de 90%.
"A situação está complicada principalmente nos pequenos açudes que abastecem comunidades rurais. Por serem menores, neles a falta de chuva e a ausência de recarga é sentida mais rapidamente. A saída é cavar poços ou os carros-pipa" afirma a assistente da Diretoria de Produção da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), Gianni Lima.
Das 11 bacias hidrográficas do Ceará, dez estão com recarga bem inferior à registrada em maio de 2011. A exceção é a bacia do Litoral, na Zona Norte, com 64%, valor maior que ao fim do período chuvoso do ano passado. A maior redução ocorre na bacia hidrográfica do Baixo-Jaguaribe: está com 54,8% da capacidade - em 2011 estava com 100%.
A bacia Metropolitana, que abastece Fortaleza e circunvizinhança, terminou maio do ano passado com 82,3%, chegou a janeiro deste ano com 61,9%, e quando teoricamente deveria aumentar com as chuvas, estava até ontem com 56,3%.
Melhor situação
A melhor situação está na bacia do Alto Jaguaribe, com 87% da capacidade - iniciou este ano com 83%. A do Médio Jaguaribe está com 70,5% e teve uma das menores quedas, fato explicado em parte pela presença do Açude Castanhão, o maior reservatório do Estado. Tem 70,6% de reserva, ou 4,7 bilhões de metros cúbicos de água, ou, ainda, quase um terço de toda a reserva hídrica em açude público do Estado do Ceará.
Mas enquanto entre janeiro e maio de 2011 aumentava o volume de reserva, chegando a 82% em julho, neste ano estima-se que continue em queda.
Comportas
Fez falta o evento da abertura das comportas do Açude Castanhão, que todos os anos (de chuvas) atrai centenas de curiosos e turistas para o Município de Jaguaribara, localizado na região do Vale do Jaguaribe. Sem chuvas a contento, as comportas permaneceram fechadas, para garantir a reserva.
O volume médio de reserva nos açudes cearenses é considerado bom. Mas não terá média relativa que tranquilize se em 2013, por exemplo, se registrar a mesma estiagem deste ano. Daí õ quadro tende a se agravar.
Mais informações:
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh)
Rua Adualdo Batista, 1550
Parque Iracema, Fortaleza
Telefone: (85) 3218.7038
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