Construção civil deixa de movimentar R$ 8,2 mi por dia
Construtoras preveem prejuízos elevados, atraso nas obras e até um aumento nos futuros empreendimentos
Decretada oficialmente na terça-feira da semana passada, dia 8, a greve dos trabalhadores da construção civil vem causando muita dor de cabeça para as construtoras do Ceará, que estão com praticamente todas as obras paradas. A paralisação, aliás, traz também prejuízo para toda a economia do Estado, com o setor deixando de movimentar aproximadamente R$ 8,2 milhões por dia. Tal perda no giro capital foi calculada com base na informação dada pelo diretor-presidente da Construtora Colmeia, Otacilio Valente, que informou à reportagem que o Ceará movimenta cerca de R$ 3 bilhões por ano com a construção civil. Dessa forma, até ontem, aproximadamente R$ 73,8 milhões deixaram de ser movimentados no Estado em nove dias de greve.
"Não há dúvida de que a greve está atrapalhando diretamente a economia do Estado, até porque a construção civil tem um papel fundamental no giro capital cearense. Espero que a paralisação termine ainda esta semana, pois os prejuízos para as construtoras já são bem significativos", afirma Otacilio Valente. Segundo ele, atualmente a Colmeia está com oito obras completamente paradas e que gastam, cada uma, R$ 20 mil por mês com o aluguel de equipamentos.
Valor de imóveis pode subir
De acordo com o gerente executivo da construtora Mota Machado, Emanuel Capistrano, as perdas são tantas que podem até encarecer o valor de futuros imóveis. "Sinceramente, acredito que os prejuízos são incalculáveis. Obviamente, que não repassaremos esses valores para os empreendimentos que já estão à venda, mas acho que no futuro poderemos dar início às obras já trabalhando com a possibilidade de acontecer uma paralisação assim, o que consequentemente pode acarretar no acréscimo de alguns valores", explica.
O executivo da Mota Machado diz ainda que a construtora está com 100% das obras paradas e cerca de 2 mil funcionários se recusando a trabalhar. Segundo Capistrano, os lançamentos da empresa estão sendo segurados por hora. "Pretendíamos anunciar alguns novos empreendimentos em breve, mas com a paralisação isso se torna impossível", explica
Empresário e engenheiro da Estrutech, José Rolim se mostrou preocupado com a própria estrutura das obras, que, recebendo sol e chuva, podem se deteriorar. "Só quando acabar a paralisação é que poderemos, de fato, avaliar os materiais que foram prejudicados".
Atraso é preocupação
Para o diretor responsável pela área de incorporação da Construtora Porto Freire, Rodrigo Freire, além dos prejuízos financeiros causados pela greve, uma grande preocupação da empresa está nos atrasos das obras. "Temos compromissos com os clientes que não poderão ser honrados se as coisas continuarem assim", comenta.
Rodrigo Freira diz ainda que acha equivocada a decisão dos trabalhadores em um momento em que, segundo ele, o setor avalia a possibilidade de usar mais máquinas nas obras. "Quanto mais cresce a pedida desenfreada da mão de obra, mais o empresário acha viável utilizar equipamentos em algumas funções desempenhadas por trabalhadores, o que pode gerar uma grande onda de desemprego", avisa
Sinduscon não vai ceder
Dentre as exigências feitas pelos trabalhadores da construção civil estão o reajuste salarial de cerca de 17%, direito à cesta básica de R$ 80 e o pagamento de plano de saúde. Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil do Ceará (Sinduscon), Roberto Sérgio, "tais pedidos são absurdas e não estamos dispostos a atendê-los", afirma.
Decretada oficialmente na terça-feira da semana passada, dia 8, a greve dos trabalhadores da construção civil vem causando muita dor de cabeça para as construtoras do Ceará, que estão com praticamente todas as obras paradas. A paralisação, aliás, traz também prejuízo para toda a economia do Estado, com o setor deixando de movimentar aproximadamente R$ 8,2 milhões por dia. Tal perda no giro capital foi calculada com base na informação dada pelo diretor-presidente da Construtora Colmeia, Otacilio Valente, que informou à reportagem que o Ceará movimenta cerca de R$ 3 bilhões por ano com a construção civil. Dessa forma, até ontem, aproximadamente R$ 73,8 milhões deixaram de ser movimentados no Estado em nove dias de greve.
"Não há dúvida de que a greve está atrapalhando diretamente a economia do Estado, até porque a construção civil tem um papel fundamental no giro capital cearense. Espero que a paralisação termine ainda esta semana, pois os prejuízos para as construtoras já são bem significativos", afirma Otacilio Valente. Segundo ele, atualmente a Colmeia está com oito obras completamente paradas e que gastam, cada uma, R$ 20 mil por mês com o aluguel de equipamentos.
Valor de imóveis pode subir
De acordo com o gerente executivo da construtora Mota Machado, Emanuel Capistrano, as perdas são tantas que podem até encarecer o valor de futuros imóveis. "Sinceramente, acredito que os prejuízos são incalculáveis. Obviamente, que não repassaremos esses valores para os empreendimentos que já estão à venda, mas acho que no futuro poderemos dar início às obras já trabalhando com a possibilidade de acontecer uma paralisação assim, o que consequentemente pode acarretar no acréscimo de alguns valores", explica.
O executivo da Mota Machado diz ainda que a construtora está com 100% das obras paradas e cerca de 2 mil funcionários se recusando a trabalhar. Segundo Capistrano, os lançamentos da empresa estão sendo segurados por hora. "Pretendíamos anunciar alguns novos empreendimentos em breve, mas com a paralisação isso se torna impossível", explica
Empresário e engenheiro da Estrutech, José Rolim se mostrou preocupado com a própria estrutura das obras, que, recebendo sol e chuva, podem se deteriorar. "Só quando acabar a paralisação é que poderemos, de fato, avaliar os materiais que foram prejudicados".
Atraso é preocupação
Para o diretor responsável pela área de incorporação da Construtora Porto Freire, Rodrigo Freire, além dos prejuízos financeiros causados pela greve, uma grande preocupação da empresa está nos atrasos das obras. "Temos compromissos com os clientes que não poderão ser honrados se as coisas continuarem assim", comenta.
Rodrigo Freira diz ainda que acha equivocada a decisão dos trabalhadores em um momento em que, segundo ele, o setor avalia a possibilidade de usar mais máquinas nas obras. "Quanto mais cresce a pedida desenfreada da mão de obra, mais o empresário acha viável utilizar equipamentos em algumas funções desempenhadas por trabalhadores, o que pode gerar uma grande onda de desemprego", avisa
Sinduscon não vai ceder
Dentre as exigências feitas pelos trabalhadores da construção civil estão o reajuste salarial de cerca de 17%, direito à cesta básica de R$ 80 e o pagamento de plano de saúde. Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil do Ceará (Sinduscon), Roberto Sérgio, "tais pedidos são absurdas e não estamos dispostos a atendê-los", afirma.
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