Android: usuários poderão pagar música e apps na conta do celular
O Google negocia com operadoras de telefonia móvel da América Latina para permitir que o usuário possa pagar por conteúdo adquirido na loja digital Google Play – que concentra aplicativos para Android, músicas, vídeos e livros – direto na conta telefônica, sem a necessidade de cartão de crédito.
A novidade foi anunciada nesta sexta-feira pelo gerente mundial de Android, o brasileiro Hugo Barra. O brasileiro, responsável pelo desenvolvimento do sistema operacional para dispositivos móveis do Google, afirmou que a empresa californiana está em estágio avançado de negociação com as operadoras, e a novidade deve chegar ao mercado ainda em 2012.
Barra comemorou ainda o crescimento do Android na América Latina, mas disse que os países da região ainda estão atrasados em relação ao resto do mundo na porcentagem de smartphones vendidos em relação aos telefones celulares comuns. A situação é melhor em países como Chile e Argentina, onde um em cada quatro aparelhos vendidos são considerados “inteligentes”. No Brasil, os smartphones são 13% dos celulares que saem das lojas.
No país do mineiro Hugo Barra, no entanto, o Android comemora bons resultados em 2011: segundo o gerente do Google, o número de ativações de aparelhos dotados com o sistema operacional cresceu 400% no último ano.
“O consumidor no Brasil é muito interessado em Android. As pessoas já sabem o que é o sistema, e chegam às lojas já perguntando por quais são os celulares com Android, e chegam a perguntar qual é a versão específica utilizada em cada aparelho”, afirma.
As características do Android que, segundo Barra, o colocaram na liderança do mercado de smartphones – superando o iPhone, da Apple – é a existência de aparelhos em diversas faixas de preço e a possibilidade de personalização da experiência de usuário.
O brasileiro minimizou os números divulgados recentemente que afirmam que o Android gerou prejuízo para o Google em todos os trimestres de 2010. “A empresa ganhou muito em buscas e penetração na internet móvel”, afirmou.
Barra também disse que não se preocupa com a liderança da Apple no mercado de computadores em formato de tablet. O iPad até o momento não parece ter sido afetado pela enxurrada de lançamentos de aparelhos com Android que aconteceram nos últimos dois anos. “O mercado de tablets é pequeno, que cresce muito rápido. Mas é um mercado de nicho, que não se compara ao mercado de smartphones. O mercado de smartphones é dez vezes maior”, afirma Barra.
Isso não significa, no entanto, que o Google não queira crescer no setor. “É uma questão de tempo até termos sucesso entre os tablets”, acredita o brasileiro. “Os fabricantes de dispositivos estão trabalhando, estão experimentando tamanhos diferentes, e estão conseguindo chegar a bons resultados.”
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