AUMENTO NA ARRECADAÇÃO Governo quer subir impostos da cerveja


Tributos que incidem sobre a bebida alcoólica devem aumentar cerca de 8% e produtos podem ficar mais caros

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São Paulo Cervejas e refrigerantes poderão ficar mais caros neste ano. O governo federal planeja aumentar em 8% a carga tributária (IPI e PIS/Cofins) da cerveja. Hoje, a carga é de 38,9%. Para as demais categorias de bebidas frias, que incluem, além de refrigerantes, isotônicos, refrescos e água mineral, o aumento também seria inferior a 10%.

No ano passado, o governo chegou a falar em um reajuste de 20%, mas acabou cedendo ao argumento dos grandes fabricantes. Eles prometeram investimentos recordes em aumento de produção e não houve aumento de tributos.

Desta vez, no entanto, com a necessidade de ampliar a arrecadação no intuito de cobrir os gastos públicos, o governo parece estar decidido a reajustar os impostos.

Em reunião com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, na semana passada, as empresas entregaram um documento no qual anunciam investimentos da ordem de R$ 7,7 bilhões para 2011, desde que não haja aumento de impostos.

Na reunião, as empresas argumentaram ainda que o aumento de vendas previsto para este ano, sem aumento de preços, deverá gerar R$ 1 bilhão a mais de tributos para o governo.

Investimento elevado
As empresas também exibiram números que mostram que o investimento efetivamente realizado em 2010 superou o prometido. A promessa era de investir R$ 5,4 bilhões, mas o investimento realizado foi de R$ 6,6 bilhões. O último reajuste de tributos para a cerveja foi em 2009, de 10% a 15%.

No entanto, devido ao ambiente de retração econômica, o aumento não foi repassado para o consumidor.

Consumidor paga a conta
Naquele ano, enquanto a economia praticamente não cresceu, o setor cresceu 7%. Agora, as empresas argumentam que não terão como absorver o impacto do aumento sem repassar o custo para o consumidor.

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