ENTRE 2002 E 2010 Classe C nordestina gastou cinco vezes mais com comida
Aumento só foi inferior ao da classe média da região Norte do País, que consumiu alimentação e bebida 6,5 vezes mais
Em quase 10 anos, os gastos da classe C com alimentação e bebidas tiveram um expressivo crescimento em todo o País. Em 2010, o Nordeste consumiu cinco vezes mais. Foram despendidos R$ 38,69 bilhões ante R$ 6,17 bilhões, em 2002.
Um avanço de 526%. A região nordestina só ficou atrás do Norte do Brasil, que, em igual período, elevou em 6,5 vezes o gasto no setor. No entanto, com base inferior de comparação, pois saltou de R$ 1,67 bilhão para R$ 12,35 bilhões, no ano passado.
Os dados são da pesquisa "Classe C: Diferenças e Semelhanças nas Regiões Brasileiras", produzida pelo Instituto Data Popular, empresa especializada em estudos ligados à classe média nacional.
Alimentos e bebidas
O levantamento foi detalhado em três subdivisões: gastos com bebidas, alimentos em casa e fora dela. No primeiro item, o consumo na região nordestina subiu 3,4 vezes. De R$ 409 milhões, em 2002, pulou para R$ 1,83 bilhão, em 2010. No quesito alimentação em casa, a evolução também foi grandiosa, de R$ 4,78 bilhões para R$ 28,69 bilhões. O quíntuplo do valor inicial em similar intervalo pesquisado.
Entretanto, o maior crescimento foi na alimentação fora de casa. Conforme o Data Popular, a expansão dos empregos formais alavancou a quantidade de brasileiros, sobretudo, de nordestinos, que passaram a se alimentar longe de seus domicílios. No Nordeste, por exemplo, a alta foi de 7,3 vezes, ou seja, saiu de R$ 983 milhões, em 2002, para R$ 8,17 bilhões, no ano passado.
Na comparação com o Sudeste, percebe-se ainda uma extensa distância em relação aos números das demais regiões. Ao reunir os três aspectos, em números absolutos, a parte mais rica do País elevou de R$ 22,60 bilhões para R$ 93,89 bilhões as despesas com alimentos e bebidas, entre 2002 e 2010.
Bens e serviços
O levantamento indicou, ainda, a participação da classe C sobre a posse de bens de consumo e utilização de serviços. Um dos resultados mais importantes diz respeito ao automóvel. Segundo o estudo, no Nordeste, mais da metade da classe média tem carro próprio, ou melhor, 53%. O índice é superior ao das regiões Centro Oeste e Norte, com 49% cada, porém, é inferior a Sul e Sudeste, com 67% e 63%, respectivamente.
Quanto à contratação de plano de saúde, a classe média nordestina, com 39%, mantém-se à frente de Centro Oeste e Norte, com 33% cada. Mas também continua atrás de Sul, com 43%, e Sudeste, onde de cada dois integrantes dessa camada social, um possui plano de saúde, ou seja, participação de 50%.
Geladeira e lavadora
A pesquisa do Data Popular analisou também a posse da geladeira, eletrodoméstico predominante em todas as regiões do País, tido como artigo de necessidade básica. O instituto apontou que sua penetração ainda é um pouco maior nas regiões mais desenvolvidas, porém, que vem ganhando espaço no Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Este último ficou com o menor percentual dentre as regiões, 93%.
O mesmo valeu para a máquina de lavar roupa, com apenas 70% no Nordeste. Segundo o estudo, resta-lhe um bom potencial de mercado já que de cada 10 residências da classe média, sete possuem lavadora.
Participação crescente
De acordo com o levantamento do Data Popular, no panorama geral do País, a participação da classe C vem subindo a cada ano e em todas as unidades da federação, ao mesmo tempo.
Por outro lado, na região nordestina, o percentual de pessoas integrantes dessa camada social chegou a 33%. A menor participação do País na comparação com as demais áreas. Contudo, no todo da população brasileira, a classe C nordestina alcançou a marca de 20%, perdendo apenas para o Sudeste (48%), e ficando bem à frente do Centro Oeste (8%), Norte e Sul, com 7% cada.
Em contrapartida, na área de educação, os nordestinos dessa camada social também são os que detêm o menor nível de escolaridade do Brasil. Apenas 6,3% têm diploma superior, enquanto pouco mais de 23% não tem sequer instrução.
Com base no ano de 2009, a pesquisa revelou que a classe C já representava 50% da sociedade brasileira. Além disso, o estudo fez uma projeção de que, em 2014, esse percentual deverá avança para 58%, por conta da política de eliminação da pobreza e ganho de renda familiar adotado para esse período futuro pelo atual governo.
Mais consumo
7,3 vezes foi quanto aumentou, entre 2002 e 2010, o valor gasto pelos nordestinos com alimentos fora de casa
ILO SANTIAGO JR.REPÓRTER
Em quase 10 anos, os gastos da classe C com alimentação e bebidas tiveram um expressivo crescimento em todo o País. Em 2010, o Nordeste consumiu cinco vezes mais. Foram despendidos R$ 38,69 bilhões ante R$ 6,17 bilhões, em 2002.
Um avanço de 526%. A região nordestina só ficou atrás do Norte do Brasil, que, em igual período, elevou em 6,5 vezes o gasto no setor. No entanto, com base inferior de comparação, pois saltou de R$ 1,67 bilhão para R$ 12,35 bilhões, no ano passado.
Os dados são da pesquisa "Classe C: Diferenças e Semelhanças nas Regiões Brasileiras", produzida pelo Instituto Data Popular, empresa especializada em estudos ligados à classe média nacional.
Alimentos e bebidas
O levantamento foi detalhado em três subdivisões: gastos com bebidas, alimentos em casa e fora dela. No primeiro item, o consumo na região nordestina subiu 3,4 vezes. De R$ 409 milhões, em 2002, pulou para R$ 1,83 bilhão, em 2010. No quesito alimentação em casa, a evolução também foi grandiosa, de R$ 4,78 bilhões para R$ 28,69 bilhões. O quíntuplo do valor inicial em similar intervalo pesquisado.
Entretanto, o maior crescimento foi na alimentação fora de casa. Conforme o Data Popular, a expansão dos empregos formais alavancou a quantidade de brasileiros, sobretudo, de nordestinos, que passaram a se alimentar longe de seus domicílios. No Nordeste, por exemplo, a alta foi de 7,3 vezes, ou seja, saiu de R$ 983 milhões, em 2002, para R$ 8,17 bilhões, no ano passado.
Na comparação com o Sudeste, percebe-se ainda uma extensa distância em relação aos números das demais regiões. Ao reunir os três aspectos, em números absolutos, a parte mais rica do País elevou de R$ 22,60 bilhões para R$ 93,89 bilhões as despesas com alimentos e bebidas, entre 2002 e 2010.
Bens e serviços
O levantamento indicou, ainda, a participação da classe C sobre a posse de bens de consumo e utilização de serviços. Um dos resultados mais importantes diz respeito ao automóvel. Segundo o estudo, no Nordeste, mais da metade da classe média tem carro próprio, ou melhor, 53%. O índice é superior ao das regiões Centro Oeste e Norte, com 49% cada, porém, é inferior a Sul e Sudeste, com 67% e 63%, respectivamente.
Quanto à contratação de plano de saúde, a classe média nordestina, com 39%, mantém-se à frente de Centro Oeste e Norte, com 33% cada. Mas também continua atrás de Sul, com 43%, e Sudeste, onde de cada dois integrantes dessa camada social, um possui plano de saúde, ou seja, participação de 50%.
Geladeira e lavadora
A pesquisa do Data Popular analisou também a posse da geladeira, eletrodoméstico predominante em todas as regiões do País, tido como artigo de necessidade básica. O instituto apontou que sua penetração ainda é um pouco maior nas regiões mais desenvolvidas, porém, que vem ganhando espaço no Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Este último ficou com o menor percentual dentre as regiões, 93%.
O mesmo valeu para a máquina de lavar roupa, com apenas 70% no Nordeste. Segundo o estudo, resta-lhe um bom potencial de mercado já que de cada 10 residências da classe média, sete possuem lavadora.
Participação crescente
De acordo com o levantamento do Data Popular, no panorama geral do País, a participação da classe C vem subindo a cada ano e em todas as unidades da federação, ao mesmo tempo.
Por outro lado, na região nordestina, o percentual de pessoas integrantes dessa camada social chegou a 33%. A menor participação do País na comparação com as demais áreas. Contudo, no todo da população brasileira, a classe C nordestina alcançou a marca de 20%, perdendo apenas para o Sudeste (48%), e ficando bem à frente do Centro Oeste (8%), Norte e Sul, com 7% cada.
Em contrapartida, na área de educação, os nordestinos dessa camada social também são os que detêm o menor nível de escolaridade do Brasil. Apenas 6,3% têm diploma superior, enquanto pouco mais de 23% não tem sequer instrução.
Com base no ano de 2009, a pesquisa revelou que a classe C já representava 50% da sociedade brasileira. Além disso, o estudo fez uma projeção de que, em 2014, esse percentual deverá avança para 58%, por conta da política de eliminação da pobreza e ganho de renda familiar adotado para esse período futuro pelo atual governo.
Mais consumo
7,3 vezes foi quanto aumentou, entre 2002 e 2010, o valor gasto pelos nordestinos com alimentos fora de casa
ILO SANTIAGO JR.REPÓRTER
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