AVALIAÇÃO DO GOVERNO Presidente veta festa de 100 dias
No terceiro mês de mandato, Dilma indica que ministros evitem fazer qualquer balanço prévio do Governo
Brasília. A presidente Dilma Rousseff desautorizou os ministros a fazer qualquer balanço para comemorar os primeiros 100 dias de governo.
De acordo com fontes do Planalto, ela chegou a vetar a iniciativa de ministros que já haviam encomendado balanços desse tipo às equipes.
Até mesmo o anúncio do Plano de Erradicação da Miséria, previsto inicialmente para abril, pode ser antecipado ou adiado para não coincidir com a data simbólica.
O anúncio do programa, principal bandeira social da campanha, é tratado como um dos mais relevantes eventos deste primeiro ano.
A orientação para que os 100 dias sejam esquecidos contrasta com a obsessão que, como ministra, Dilma costumava ter com balanços - como os do PAC - e longas apresentações de dados no programa Power Point, que se tornaram folclóricas.
A razão, discutida com os ministros da coordenação de governo e com os estrategistas de comunicação, é que, historicamente, as pesquisas de popularidade do primeiro trimestre sempre mostram uma redução de aprovação em relação à expectativa colhida antes da posse.
O marqueteiro João Santana, estrategista da campanha presidencial petista, prepara uma grande pesquisa para o final de março, levantamento que irá balizar as ações e a agenda da presidente Dilma nos próximos meses.
Outra preocupação é que medidas como o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento e a definição de um salário mínimo de R$ 545 carimbem o balanço dos primeiros meses como de ortodoxia fiscal.
Já há, porém, mudanças de atitude. Além de ampliar a exposição pública da petista, o Planalto decidiu também abrir mais a agenda da presidente, normalmente escondida em grande parte de seus compromissos cotidianos.
Em uma semana, Dilma apareceu nos programas de Ana Maria Braga (TV Globo) e Hebe Camargo (Rede TV).
A nova orientação foi discutida em um seminário em 26 de fevereiro entre ministros, secretários e funcionários ligados à agenda presidencial. Apenas os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social) compareceram ao encontro.
Pouca exposição
Muitos reclamaram da baixa exposição da presidente ao público e do pouco acesso a seus compromissos diários - o fato de vários encontros não serem divulgados foi batizado de "agenda secreta".
Um interlocutor explicou que Dilma toca os assuntos do governo com "lupa de gerente", e que evita reuniões ampliadas por considerá-las improdutivas. Prefere receber ministros um a um.
A partir de agora, Dilma deve intensificar as viagens e iniciar uma rodada de entrevistas a veículos nacionais de imprensa.
Ainda neste mês, terá uma série de compromissos ligados ao Dia da Mulher, com exposição de artes no Planalto e o lançamento do programa Rede Cegonha, de assistência materno-infantil.
Em abril, Dilma vai à China e ao Paraguai.
Brasília. A presidente Dilma Rousseff desautorizou os ministros a fazer qualquer balanço para comemorar os primeiros 100 dias de governo.
De acordo com fontes do Planalto, ela chegou a vetar a iniciativa de ministros que já haviam encomendado balanços desse tipo às equipes.
Até mesmo o anúncio do Plano de Erradicação da Miséria, previsto inicialmente para abril, pode ser antecipado ou adiado para não coincidir com a data simbólica.
O anúncio do programa, principal bandeira social da campanha, é tratado como um dos mais relevantes eventos deste primeiro ano.
A orientação para que os 100 dias sejam esquecidos contrasta com a obsessão que, como ministra, Dilma costumava ter com balanços - como os do PAC - e longas apresentações de dados no programa Power Point, que se tornaram folclóricas.
A razão, discutida com os ministros da coordenação de governo e com os estrategistas de comunicação, é que, historicamente, as pesquisas de popularidade do primeiro trimestre sempre mostram uma redução de aprovação em relação à expectativa colhida antes da posse.
O marqueteiro João Santana, estrategista da campanha presidencial petista, prepara uma grande pesquisa para o final de março, levantamento que irá balizar as ações e a agenda da presidente Dilma nos próximos meses.
Outra preocupação é que medidas como o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento e a definição de um salário mínimo de R$ 545 carimbem o balanço dos primeiros meses como de ortodoxia fiscal.
Já há, porém, mudanças de atitude. Além de ampliar a exposição pública da petista, o Planalto decidiu também abrir mais a agenda da presidente, normalmente escondida em grande parte de seus compromissos cotidianos.
Em uma semana, Dilma apareceu nos programas de Ana Maria Braga (TV Globo) e Hebe Camargo (Rede TV).
A nova orientação foi discutida em um seminário em 26 de fevereiro entre ministros, secretários e funcionários ligados à agenda presidencial. Apenas os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social) compareceram ao encontro.
Pouca exposição
Muitos reclamaram da baixa exposição da presidente ao público e do pouco acesso a seus compromissos diários - o fato de vários encontros não serem divulgados foi batizado de "agenda secreta".
Um interlocutor explicou que Dilma toca os assuntos do governo com "lupa de gerente", e que evita reuniões ampliadas por considerá-las improdutivas. Prefere receber ministros um a um.
A partir de agora, Dilma deve intensificar as viagens e iniciar uma rodada de entrevistas a veículos nacionais de imprensa.
Ainda neste mês, terá uma série de compromissos ligados ao Dia da Mulher, com exposição de artes no Planalto e o lançamento do programa Rede Cegonha, de assistência materno-infantil.
Em abril, Dilma vai à China e ao Paraguai.
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