Brasil terá sistema nacional de prevenção e alerta de desastres naturais

Por determinação da presidenta Dilma Rousseff, o governo federal vai implantar um sistema nacional de prevenção e alerta de desastres naturais. Cruzando dados meteorológicos e geofísicos, será possível dar um aviso para que as pessoas sejam retiradas de áreas de risco, informou o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, nesta segunda-feira (17), após reunião no Palácio do Planalto. Inpe/MCT Supercomputador do Inpe realiza 258 trilhões de cálculos por segundo é um dos mais poderosos do mundo para previsão de tempo e será uma das ferramentas do novo sistema
As ações serão implantadas de forma gradual e, até o próximo verão, já devem estar identificadas as áreas mais críticas. A estimativa é de que, em quatro anos, o sistema de defesa e alerta esteja concluído.
Será feito um levantamento geofísico para identificar as áreas de risco de desastres naturais. "Estimamos em aproximadamente 500 as áreas de risco no País, com cerca de 5 milhões de pessoas morando [nestes locais], e temos outras 300 regiões sujeitas a inundações", disse o ministro. Segundo ele, 58% dos desastres naturais acontecem por meio de inundações e 11% referem-se aos deslizamentos.
Um supercomputador, adquirido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) para melhorar a previsão do tempo, já está à disposição do governo para fazer o levantamento da incidência de chuvas em uma área de até cinco quilômetros -atualmente os equipamentos disponíveis verificavam num espaço de 20 quilômetros -o que aumentará a taxa de acerto de previsões.
"O computador pode esquadrinhar o Brasil a cada cinco km² e aumenta a nossa capacidade de processar as informações. Isso nos dará informações mais precisas sobre a condição tempo em cada local crítico", explicou Mercadante. "Para aprimorar os nossos dados, vamos também ampliar a nossa rede de radares meteorológicos e comprar pluviômetros. Assim saberemos o volume e o local onde vai chover."
O Sistema Nacional de Prevenção e Alerta será coordenado pelo secretário de Políticas de Programas de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre. O secretário foi diretor do Inpe por 12 anos.
A reunião contou também com a participação dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), Nelson Jobim (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça), Alexandre Padilha (Saúde) e Antonio Palocci (Casa Civil). Após o encontro sob o comando da presidenta Dilma Rousseff, os ministros se deslocaram até a sala de briefing, no Palácio do Planalto, para repassarem as diretrizes tomadas nesta reunião.
Autor: Ministério de Ciência e Tecnologia Agência BrasilBlog do Planalto

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