MAIA X MABEL Desequilíbrio na disputa na Câmara
21 partidos fecharam apoio a Marco Maia (PT-SP). Sandro Mabel (PR-GO) corre por fora sem contar com o PR
São Paulo. Ao contrário de 2005, quando a bancada petista foi surpreendida com a vitória de Severino Cavalcanti (PP-PE) para presidente da Câmara dos Deputados, a disputa de 2011 deve se dar sem surpresas. A eleição será na próxima terça-feira, dia 1º de fevereiro.
De um lado, Marco Maia (PT-RS), arregimenta apoio de 21 dos 22 partidos com assento na Câmara em torno de sua candidatura. Do outro, Sandro Mabel (PR-GO), não tem o apoio do próprio partido. O deputado de Goiás lançou a candidatura no último dia 24 de janeiro.
Apesar de ser do PR, Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, não deve votar no correligionário. "O Mabel é muito querido, mas eu não consegui, nem o partido, entender o motivo de sua candidatura", disse. Cearense de Itapipoca, ele foi o deputado mais votado do País em 2010, com um total de 1.353.820 votos.
Ontem, Tiririca foi um dos deputados federais que acompanharam Maia ao Palácio dos Bandeirantes para pedir a bênção do governador Geraldo Alckmin (SP) ao apoio que o PSDB da Câmara dará à campanha do petista. A comitiva pluripartidária era formada por 58 dos 70 parlamentares eleitos por São Paulo, cerca de 83% do total.
"São Paulo tem a maior bancada, tem 70 deputados e portanto tem um peso muito significativo nas decisões que são tomadas no Parlamento brasileiro", disse Maia. O PSDB já fez um acordo em prol da eleição do petista. Em troca, garantiu assento na Mesa Diretora.
Alckmin disse que a aproximação do PT com o PSDB em nome da eleição da direção da Câmara não enfraquece a bandeira de oposição sustentada pelos tucanos.
O PSOL, que elegeu três deputados e dois senadores, retoma os trabalhos no Congresso sem apoiar nenhum dos candidatos à presidência do Senado e da Câmara. O partido não descarta candidaturas próprias nas duas Casas Legislativas. O Psol, única legenda que não fechou com a recondução do deputado petista, deve realizar reunião na próxima segunda-feira (31) para definir posição.
Adversários
Único adversário de Maia, Mabel (PR-GO) corre o risco de ter de deixar o partido caso insista em manter a candidatura. Conforme o secretário-geral do PR, deputado Valdemar Costa Neto (SP), a Executiva Nacional do partido se reúne na segunda-feira (31) para discutir o assunto em Brasília.
Caso o PR feche questão sobre o apoio a Maia e Mabel resista a seguir a orientação do partido, Costa Neto disse não ver outra alternativa ao correligionário a não ser a expulsão. "Na segunda-feira vamos decidir se fechamos questão e, se isso acontecer, ele vai ter de deixar o PR", afirmou, após o almoço de deputados federais em São Paulo.
São Paulo. Ao contrário de 2005, quando a bancada petista foi surpreendida com a vitória de Severino Cavalcanti (PP-PE) para presidente da Câmara dos Deputados, a disputa de 2011 deve se dar sem surpresas. A eleição será na próxima terça-feira, dia 1º de fevereiro.
De um lado, Marco Maia (PT-RS), arregimenta apoio de 21 dos 22 partidos com assento na Câmara em torno de sua candidatura. Do outro, Sandro Mabel (PR-GO), não tem o apoio do próprio partido. O deputado de Goiás lançou a candidatura no último dia 24 de janeiro.
Apesar de ser do PR, Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, não deve votar no correligionário. "O Mabel é muito querido, mas eu não consegui, nem o partido, entender o motivo de sua candidatura", disse. Cearense de Itapipoca, ele foi o deputado mais votado do País em 2010, com um total de 1.353.820 votos.
Ontem, Tiririca foi um dos deputados federais que acompanharam Maia ao Palácio dos Bandeirantes para pedir a bênção do governador Geraldo Alckmin (SP) ao apoio que o PSDB da Câmara dará à campanha do petista. A comitiva pluripartidária era formada por 58 dos 70 parlamentares eleitos por São Paulo, cerca de 83% do total.
"São Paulo tem a maior bancada, tem 70 deputados e portanto tem um peso muito significativo nas decisões que são tomadas no Parlamento brasileiro", disse Maia. O PSDB já fez um acordo em prol da eleição do petista. Em troca, garantiu assento na Mesa Diretora.
Alckmin disse que a aproximação do PT com o PSDB em nome da eleição da direção da Câmara não enfraquece a bandeira de oposição sustentada pelos tucanos.
O PSOL, que elegeu três deputados e dois senadores, retoma os trabalhos no Congresso sem apoiar nenhum dos candidatos à presidência do Senado e da Câmara. O partido não descarta candidaturas próprias nas duas Casas Legislativas. O Psol, única legenda que não fechou com a recondução do deputado petista, deve realizar reunião na próxima segunda-feira (31) para definir posição.
Adversários
Único adversário de Maia, Mabel (PR-GO) corre o risco de ter de deixar o partido caso insista em manter a candidatura. Conforme o secretário-geral do PR, deputado Valdemar Costa Neto (SP), a Executiva Nacional do partido se reúne na segunda-feira (31) para discutir o assunto em Brasília.
Caso o PR feche questão sobre o apoio a Maia e Mabel resista a seguir a orientação do partido, Costa Neto disse não ver outra alternativa ao correligionário a não ser a expulsão. "Na segunda-feira vamos decidir se fechamos questão e, se isso acontecer, ele vai ter de deixar o PR", afirmou, após o almoço de deputados federais em São Paulo.
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